Como entrar em 2021 sem dívidas

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O primeiro passo é definir as prioridades no orçamento e quitar as dívidas.

A primeira parcela do décimo terceiro salário já está na conta e a segunda prestes a ser paga. Com dinheiro extra na mão, para entrar em 2021 sem dívidas, o melhor a se fazer é planejar.

A consultora de gestão financeira e sócia na Gontijo Soluções, Georgiane Gontijo de Oliveira, explica que é preciso definir as prioridades no orçamento. “A primeira coisa a se fazer com o dinheiro de férias e 13º salário é quitar as dívidas. Se for com loja, com banco, aluguel atrasado, prestação de casa ou apartamento, cheque especial e cartão de crédito, ou mesmo uma contra atrasada de energia, tudo isso precisa ser pago. Se o dinheiro não for suficiente, negocie, mas não deixe virar uma bola de neve. E se ainda der para guardar um pouco, bom”, diz.

Hora de ir às compras 

Depois de fazer o dever de casa, é hora de ir às compras, mas com uma ressalva. “Cuidado com as compras parceladas e de itens desnecessários. O melhor é sempre pagar à vista e não se comprometer financeiramente com contas a longo prazo. Compre o que for realmente necessário, busque por promoções. Janeiro já está logo ali, por isso, não gaste mais do que você ganha”, aconselha.

Ela explica que ao quitar as dívidas as pessoas abrem crédito novamente e o gasto precisa ser mais consciente. “Para quem anda com as finanças na corda bamba, o ideal é estabelecer um teto de gastos e fugir de gastos excessivos. O que não pode é gastar com presentes de Natal para os familiares, garantir a viagem, sem se preocupar com o que está ‘pendurado’”, ressalta.

A especialista lembra que as contas extraordinárias de início de ano, como despesas como IPVA e seguro, IPTU, material escolar, rematrícula, entre outras despesas não podem se acumular com parcelas de compras de Natal a perde de vista. “Se for possível pagar IPTU e IPVA, que normalmente vêm com desconto à vista, melhor ainda”, pondera Georgiane.

Enquanto muitos se enrolam nas dívidas, outros conseguem se planejar e se dar de presente, fazer uma viagem, dar entrada em um carro mais novo e realizar sonhos. “Não é o quanto a pessoa ganha. Há profissionais que ganham muito bem, mas não têm controle financeiro, vivem devendo e no aperto, chegam ter bens penhorados. Já outros, nem ganham tão bem assim, mas vivem de forma equilibrada, gastam o que podem, tentam comprar mais à vista, deixar as vezes de ter para não dever, enfim pensam mais no futuro, em zelar pelo nome e em estar em paz com o travesseiro”, conclui.