Com o aumento de famílias vivendo grande parte da rotina em casa, escolher um seguro que contemple as necessidades individuais pode ser um diferencial em casos de emergência.
O isolamento social não impulsionou apenas o avanço da tecnologia, mas também a mudança de comportamento em relação à própria casa. Se antes era quase improvável pensar na compra de um seguro residencial, por exemplo, hoje, essa categoria já ganha mais protagonismo. Porém, o que, exatamente, um seguro residencial cobre?
Em resumo, este é um tipo de cobertura que garante a proteção para edificação e, facultativamente, para bens ligados ao imóvel. E, embora os pacotes mais simples, que exploram a proteção contra incêndios, raios e explosões, sejam os mais comuns, algumas empresas já têm oferecido opções mais flexíveis e personalizadas de acordo com a necessidade de cada contratante.
Para Felipe Barranco, CEO e cofundador da Flix, seguradora digital com foco em seguros e assistências residenciais, a concepção de um bem a ser protegido varia caso a caso e o segmento precisa estar alinhado com essa realidade. “Se formos analisar o cenário antes da pandemia, a relação com a nossa casa era mais ligada a uma ideia de descanso e lazer. Agora, toda a rotina é dividida entre os cômodos e o uso de eletrodomésticos, móveis e demais pertences pessoais foram intensificados. Tudo isso faz parte do imóvel e, para quem mora de aluguel, seus pertences são tão valiosos quanto a edificação”, comenta Barranco.
Nesse cenário, a empresa fez uma lista com quatro itens não ligados a edificação que podem estar presentes em uma apólice:
Serviços emergenciais: seja em uma reforma ou um reparo nas estruturas do imóvel, contratar um bom profissional para checar a eletricidade, fechaduras das portas e encanamento da casa é essencial. Nesses casos, o seguro residencial pode contemplar a cobertura de serviços emergenciais – como chaveiro, mão de obra hidráulica, mão de obra elétrica e vidraceiro – e auxiliar o inquilino e o proprietário na prevenção de danos maiores. Esses recursos são indicados, principalmente, quando o imóvel é mais velho e as instalações precisam ser, frequentemente, revisadas.
Home Office: com o avanço da pandemia, essa palavra expressão se tornou popular. Muitas empresas migraram, quase que automaticamente, seu escritório para a casa dos colaboradores e, com isso, computadores e outros acessórios de escritório passaram a ser adaptados à essa nova rotina. Esse item permite às empresas e até mesmo ao funcionário assegurar objetos que não são de posse pessoal, evitando o prejuízo de ambas as partes em casos de acidentes ou danos aos materiais. Esses serviços incluem configuração de e-mail, consultoria para melhoria do computador, suporte à softwares, sistema operacional, otimização e reparo do computador, hardware, suporte ao usuário, VPN e FTP, servidor, smartphones e tablets, smartwatches, sistema operacional, assistência para equipamentos periféricos, smart TV e até video games.
Pet: Os animais de estimação são parte da família e, muitas vezes, passam mais tempo em casa do que o próprio tutor. Algumas assistências residenciais já oferecem serviços exclusivos aos pets, então vale conferir a possibilidade no ato da compra e garantir um atendimento especial para eles. Normalmente, esse serviço cobre hospedagem, consultas e transportes veterinários, informações sobre vacinas e aplicações à domicílio, entre outros serviços de rotina.
Eletroassist: Os eletrodomésticos e eletroeletrônicos também fazem parte da casa e, com isso, podem recorrer a uma cobertura securitária. Afinal, todos estão sujeitos a uma queda de energia, problemas na fiação da casa ou, até mesmo, condições climáticas, que variam de acordo com a região geográfica que o morador se encontra. Esses serviços, geralmente, cobrem consertos de eletrodomésticos e conserto de eletrônicos, mas, é importante ressaltar que existe diferença entre a linha branca e a linha marrom e isso pode divergir no valor da cobertura.