Diversidade de pensamento é desafio para formação de novos profissionais

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Habilidades para conviver em ambientes com equipes plurais geram mais lucros e têm ganhado relevância ainda maior para as empresas, de acordo com o CEO da Prime Talent, David Braga.

Um dos grandes desafios da sociedade atual e, consequentemente, das empresas é a diversidade de pensamento. Desenvolver esse aspecto nas equipes, dentro das organizações, tem ganhado importância cada vez maior. Afinal, quanto mais plural for um time, maior será a gama de ferramentas e informações para resolver problemas de forma eficaz e para gerar inovação. Sendo assim, saber conviver nesse ambiente é fundamental para o bom desempenho profissional. E essa habilidade precisa começar a ser aprimorada e estimulada desde a infância, no ambiente de casa e das escolas, na avaliação do CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga.

Ele argumenta que, especialmente neste momento em que as famílias e o ensino experimentam transformações importantes nas suas rotinas, também é hora de repensar o currículo escolar e o modus operandi da educação pelos pais. “Nesses dois casos, é muito importante que apresentem, para as crianças e adolescentes, uma pluralidade de pensamento, sem juízo prévio sobre o que é certo ou errado. Ou seja, um conteúdo a ser sempre questionado, construído e remodelado, para que aprendam, com naturalidade, a trabalhar em times multidisciplinares”, ressalta. Vale lembrar que a diversidade é uma construção social e produto da cultura de cada indivíduo, podendo ser reforçada pelos grupos ou instituições capazes de influenciar a sociedade.

Nesse sentido, para ser um profissional diferenciado, é preciso saber expor ideias e opiniões, mas também ouvir, ter empatia e, sobretudo, mente aberta para mudar sempre que necessário. “Para os líderes, trabalhar a multidisciplinariedade nos times é ainda mais desafiador. Há um público cada vez mais plural nas empresas e ávido por desafios, projetos e crescimento. Aqueles que não promoverem diversidade de pensamentos não evoluirão, além de perder os melhores talentos”, conclui Braga.

Diante desse cenário e em tempos cada vez mais disruptivos, as empresas e lideranças estão ampliando a contratação de perfis diferentes, de olho na perenidade da organização. Isso porque a diversidade de pensamento promove mudanças positivas nos padrões e a inovação, que apoiam a transformação de estratégias e potencializam ganhos financeiros e a tão falada atração dos melhores profissionais do mercado. No entanto, o headhunter da Prime, que já selecionou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil executivos de média e alta gestão para clientes da América Latina, observa que existem poucas escolas e cursos ou graduações que preparam os estudantes para o que as corporações precisam, na prática.

Ele reforça que, hoje, apenas ter diploma e outras formações técnicas, além de idiomas, não é suficiente, se a pessoa não reunir outras competências e habilidades, entre elas a capacidade de trabalhar com colegas que tenham perfis, ideias e experiências diferentes. Dessa forma, é essencial mudar esse panorama da educação – tanto pelos pais quanto pelas instituições de ensino – e envolver os futuros profissionais, desde cedo, em ambientes colaborativos e com experiências diferenciadas, que instiguem a curiosidade, o pensamento crítico e o questionamento de padrões pré-estabelecidos nos vários campos de conhecimento.