Em Uberlândia, incorporadora já segue tendência mesmo antes da pandemia
Mesmo antes da pandemia, em países dos Estados Unidos e da Europa, o home office ou anywhere office (escritório em qualquer lugar), já era uma realidade. No Brasil, a modalidade de trabalho acabou sendo incorporada devido à pandemia do novo coronavírus. Inicialmente imposta por uma necessidade latente, o home office provavelmente chegou para ficar, visto que muitas empresas não devem mais voltar à rotina anterior de trabalho.
No mercado imobiliário esta nova tendência também chega para ficar. O setor já enxergou a nova demanda, revendo projetos e planejando empreendimentos que supram estas novas necessidades. Há inclusive empresas que anteciparam algumas tendências. Um exemplo é a Brasal Incorporações, que de forma pioneira e visionária, antes mesmo da pandemia já oferecia em seus projetos de condomínios residenciais verticais coworking e sala de reuniões em suas áreas comuns.
De acordo com o diretor da Brasal Incorporações de Uberlândia, Guilherme Sacramento, a incorporadora já vinha percebendo o aumento da busca por empreendimentos onde o morador pudesse ter um espaço híbrido: para morar e trabalhar. “Já havíamos detectado em nosso público esta necessidade, por isto em 2018 lançamos o Sense Vertical Living, que propunha uma nova forma de vivenciar o futuro, trazendo tendências como tecnologia, sustentabilidade, mobilidade e compartilhamento como principais aliadas, inclusive com coworking e sala de reuniões nas áreas comuns. Em 2019 e 2020, planejamos o Arven (lançado recentemente) e que também traz sala de reuniões nas áreas comuns e que pela sua metragem de casa (346m²) também dá a opção para o futuro morador de ter um escritório dentro de casa, caso queira incorporá-lo no projeto”, conta Sacramento.
Neste caso, os que optarem por ter o próprio espaço para trabalhar dentro do imóvel, Gustavo Cavalcante, gerente comercial da filial Uberlândia, explica que a Brasal oferece, ainda na planta, sugestões de pontos para home office no apartamento, que dá condições no metro quadrado satisfatório para isso. “Esse modelo é uma tendência mundial que vem para atender a demanda de quem trabalha em casa e, agora, mais do que nunca, veio para ficar”, analisa.
Em alta
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já havia apontado que 3,8 milhões de pessoas trabalhavam dentro de casa em 2018 – maior contingente verificado desde o início da série histórica, em 2012. De acordo com o IBGE, o home office correspondia a 5,2% do total de pessoas ocupadas no país, excluídos da conta os empregados no setor público e os trabalhadores domésticos.
Mas esse número cresceu, em especial com a chegada da pandemia. O estudo Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, aponta que a popularização do home office terá um aumento em 30% das empresas brasileiras.
Mestre em Psicologia Social e do Trabalho, com mais 20 anos de experiência na área de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos, Bânia Vieira Poli, explica que o modelo de trabalho híbrido é mesmo uma tendência. “Ele oferece autonomia para os colaboradores escolherem como, onde e quando realizam suas atividades da melhor maneira possível. Estudos mostram que 7 em cada 10 trabalhadores brasileiros gostariam de trabalhar remotamente. É um número considerável e, por isto, ter um espaço preparado dentro de um empreendimento é muito inovador”, conclui Bânia.