Enquanto restaurante tradicional exige aporte inicial de cerca de R$ 1 milhão, modelo voltado ao delivery pode ser aberto com investimento a partir de R$ 100 mil
pandemia obrigou o restaurante L’Entrecôte de Paris, da holding de franquias SMZTO, a ampliar sua atuação no mercado. A empresa, que antes apostava no crescimento por meio de restaurantes convencionais, que exigem um aporte inicial de cerca de R$ 1 milhão, passou a focar na expansão baseada no modelo de delivery. Com base nas chamadas dark kitchen – cozinhas que não precisam operar junto a lojas convencionais e produzem pratos somente para entrega –, o modelo tem investimento inicial entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Desenvolvido, testado e aprimorado a partir de uma operação própria de dark kitchen em São Paulo, o formato de negócio tem custos operacionais reduzidos – enquanto o aluguel de uma loja tradicional em shopping chega a custar R$ 60 mil mensais, a locação de um espaço para a cozinha do delivery fica em torno de R$ 3 mil. Assim, ainda que o sistema de entregas tenha custos específicos que precisam ser considerados (taxa de aplicativos, embalagens, logística etc.), o retorno financeiro da operação acaba sendo atrativo para o investidor.
“Entendemos que o sistema de delivery não deve ser tratado como um adicional. Ele é um modelo de negócio à parte, que merece atenção. Todas as marcas que conseguiram ter essa mentalidade têm sucesso”, afirma Rodrigo Diotto, gerente geral do L’Entrecôte de Paris.