Live do Fundinho Festival mostrou várias vertentes do Jazz e Blues

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Iniciativa inédita de transmissão simultânea pela internet, rádio e TV aberta levou o evento a milhares de pessoas
Um encontro virtual de pessoas de várias idades, formações e tribos marcou a noite do último domingo (30), contagiando e saudando os fãs do Fundinho Festival. Nos meios digitais oficiais do evento (Youtube e Facebook), nos quais foram transmitidos a live, a audiência chegou a um alcance superior a 10 mil internautas, fora o público que conferiu a programação pelas emissoras oficiais do Festival, Rádio (FM 107,5) e TV Universitária (canal aberto 4.1). O evento, realizado pela Moinho Cultural e Aproxima Patrocínios e Incentivos, apresentado pela Triconta, com o incentivo do Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia, apresentou seis grupos musicais em sete horas ininterruptas de show.
Foi uma edição diversa e plural, com grupos que se reuniram em formações inéditas e fizeram apresentações inovadoras e ousadas que contaram com a participação de convidados inusitados. “Para transmitir ao público toda a energia do Festival, contamos com uma equipe de vídeo que conseguiu colocar o espectador literalmente em cima do palco. Estamos muito felizes com o resultado”, comemora o diretor de programação do Festival, Marco Túlio.
Shows
Passaram pelos dois palcos, que guardaram distanciamento adequado entre eles, seis grupos com 32 músicos de vários lugares do Brasil. Com muito capricho em todos os detalhes, desde a curadoria até a pontualidade, o evento veio mais uma vez com a sua marca de qualidade artística, apresentando músicas autorais e releituras de alto gabarito.
Quem abriu a programação do festival foi a Salamandra Blues Band, que estava há mais de 10 anos fora dos palcos e voltou com força total no Fundinho Festival, apresentando um repertório com versões originais e releituras de clássicos de Buddy Guy, BB. King, Muddy Walters, Tim Maia, Albert Collins, Stevie Ray Vaughan. A banda trouxe a participação especial da cantora Amanda Cabral, que já tem uma extensa bagagem em recitais de óperas, cerimoniais e Pubs em Uberlândia.
Depois de a Salamandra fazer uma hora de show, com toda energia subiu ao palco Sulco, a banda uberlandense de pouco mais de um ano, que conta com músicos expressivos no cenário musical da cidade.  Além do vocalista Fred Oliveira, as cantoras convidadas Daniela Alvis e Duda In The Sky deram um show de talento e bom gosto.
A terceira apresentação, com The Blue Black Bottles foi marcada pela forma brasileira de fazer música instrumental e combinou o consolidado trio Guitarra-Baixo-Bateria com a sonoridade do Cello. Um espetáculo bonito de se ver com feras de Araxá, Franca e Uberlândia e uma formação atípica, que foi reunida especialmente para esta edição.
Quem também abrilhantou o Festival foi Pedro Ferreira Group, que dividiu o palco com Edson Jr. e os músicos Paulo Castro na bateria, Tim Fernandes no Sax, Netinho no trompete e o uberabense Eduardo Coelho no baixo. Um show fenomenal carregado de influências do Jazz, Samba, Pop e Música Latina.
Outro talento que marcou presença nessa edição foi o baterista e percussionista uberlandense Jack Will, que compartilhou o palco com Júlia Ribas e Pedro Melo (Surubim), ambos de Belo Horizonte, especialmente para o Festival. O show foi vibrante pela força e a energia do swing afro mineiro indígena, celebrando a obra musical de Marku Ribas.
Com uma linguagem Blues, Rock’n’roll 50’s & 60’s, Folk e Jazz quem encerrou o evento foi a Black Jack 21 e seus convidados especiais: André Carlini, um gaitista com ritmo único e André Youssef, pianista e cantor paulistano e líder de André Youssef Trio. O show trouxe releituras autorais e algumas versões de clássicos do rock em arranjo blues.
Missão cumprida
“Depois de três edições presenciais, fazer o evento no formato digital foi um grande desafio. Nosso objetivo foi levar ao público a mesma qualidade de estruturas e das atrações que dispomos na praça, também para o ambiente digital. Foi muito gratificante acompanhar a receptividade e audiência do público”, enfatiza o coordenador do Fundinho Festival, Marcelo Mamede.
Além dos fãs, produtores e profissionais da música também avaliaram o evento.
“O meu maior encanto no dia seguinte ao Fundinho Festival foi ver no canal do Youtube a quantidade de visualizações, algo próximo a 10 mil visualizações, em cerca de 6 horas. Fiquei imaginando essas visualizações como pessoas na Praça Clarimundo Carneiro como é a tradição do evento. Foi muito bom ver o Festival online e fiquei pensando se a cara dele não tem que ser com a liberdade que o festival de jazz de Montreux já teve, de abrir para diversas linguagens musicais. Ao mesmo tempo, nesse período que está doído para quem trabalha com cultura, música e arte, foi de uma satisfação enorme ver bons músicos e cantoras felizes se manifestando através do Fundinho Festival”, disse Lu de Laurentiz, agitador cultural e professor universitário.
Fernando Borma, disse que não perde um Fundinho Festival. “Todo o ano faço questão de estar presente. Achei fantástica a ideia da live, porque é uma forma de manter o evento que já virou tradição e é aguardado por quem curte Jazz e Blues, como eu. Gostaria de agradecer a todas as pessoas envolvidas por nos possibilitar esse deleite, esse encontro com a arte, com os artistas e com a música de qualidade. Desejo vida longa ao Fundinho Festival”.
“Sem perder a qualidade no som, na imagem e na programação, o Fundinho Festival se reafirmou na pandemia. Parabéns e obrigado por mais essa realização”, disse Marco Aurélio Querubim, do EMCANTAR.
Quem assistiu pela primeira vez e gostou foi o estudante João Pedro Rezende Tomé. “Um som com uma pegada diferente, mas muito bom! Música de qualidade, sem tantos intervalos. Gostei demais”, enfatiza.
“Em um momento de adaptação como o que estamos vivendo, em que a resiliência e a criatividade imperam, a live do Fundinho Festival foi um meio de dar sequência sem interrupção ao evento e ao mesmo tempo valorizar os músicos que merecem nosso apoio e reconhecimento. Temos só a agradecer a participação de todos, tanto dos talentos quanto do público”, disse Marco Tulio Morais, diretor de programação do Fundinho Festival.
Para quem não pôde acompanhar o festival ao vivo, ele está disponível no canal do youtube.com/FundinhoFestival.
Saiba mais sobre o evento:
www.fundinhofestival.com.br
instagram.com/fundinhofestival
facebook.com/fundinhofestival.