Amipa atualiza dados da safra e apresenta projeções para 2025/2026

A expectativa é de que a área plantada de algodão em Minas Gerais cresça 7% na próxima temporada.

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A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) apresentou, na última reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão, realizada no dia 2 de dezembro, dados atualizados sobre a produção de algodão em Minas Gerais nesta safra, reforçando seu papel como fonte oficial de informações consolidadas da cadeia cotonicultora do estado. As informações são construídas com base na totalidade dos dados declarados pelos produtores, sem o uso de amostragem.

“Na Amipa, trabalhamos com dados consolidados. Não fazemos amostragem e sim levantamentos completos de área plantada e produção. Inclusive, fornecemos essas informações para a Conab”, explica Lício Augusto Pena de Sairre, diretor executivo da entidade.

Produção mineira deve alcançar 78.387 toneladas
Para a safra 2024/2025, a Amipa estima o fechamento da produção em 78.387toneladas de algodão em pluma, com o beneficiamento operando em algumas regiões até o mês de fevereiro. A projeção reflete o comportamento de uma temporada marcada por desafios climáticos, especialmente nas áreas de sequeiro.

“Tivemos um veranico severo e altas temperaturas, que impactaram de forma significativa a produtividade. Mesmo assim, conseguimos manter estabilidade da área plantada”, afirma Lício.

Tendências: produção deve crescer 7% na próxima safra
Mesmo com os preços baixos do algodão no mercado internacional, a Amipa projeta crescimento para o período 2025/26.

A expectativa é de manutenção da área plantada de 45.078 mil hectares em 2025 e de aumento de 7% na produção, impulsionado por produtividade maior e recuperação das médias históricas, se o clima normalizar.

“A tendência é de manutenção da área, mas esperamos um salto produtivo de cerca de 7% na próxima safra. Acreditamos em um clima melhor e na retomada das produtividades observadas em anos anteriores”, destaca.

Ainda segundo Lício, os investimentos realizados pelos produtores — especialmente em beneficiamento, armazenagem, mecanização e gestão — são fundamentais para sustentar a competitividade do algodão mineiro.

“Mesmo com os preços baixos, os investimentos feitos pelos produtores garantem estabilidade e qualidade. Isso sustenta a decisão de manter a área plantada no estado”, complementa.