Só no primeiro trimestre de 2025, já foram registrados 6.266 protestos, evidenciando uma curva ascendente nessa modalidade de cobrança
A inadimplência nas taxas condominiais tem se intensificado no Brasil, pressionando síndicos, administradoras e moradores adimplentes. Dados do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB) mostram que foram protestadas 15.320 dívidas condominiais em 2024, um aumento de mais de 200% em comparação com 2020. Só no primeiro trimestre de 2025, já foram registrados 6.266 protestos, evidenciando uma curva ascendente nessa modalidade de cobrança.
Com o caixa dos condomínios cada vez mais comprometido, muitos síndicos têm recorrido às garantidoras de condomínio — empresas que assumem o risco da inadimplência dos condôminos, garantindo ao condomínio o recebimento das taxas, ainda que moradores atrasem ou deixem de pagar, mediante a cobrança de uma taxa pelo serviço.
De acordo com Zener Costa, CEO da LLZ Garantidora, “quando o condomínio contrata uma garantidora, o síndico ganha previsibilidade financeira. Isso permite manter o funcionamento normal do condomínio — pagar fornecedores, realizar manutenções essenciais — mesmo diante de atrasos persistentes. É uma segurança que evita que moradores adimplentes arquem com prejuízos alheios.”
Ao contar com uma garantidora, os síndicos conseguem estabilizar o fluxo de caixa e tornam seu planejamento orçamentário mais confiável, o que possibilita investir em obras e melhorias com menos riscos de interrupção por falta de recursos. A previsibilidade trazida por esse serviço também reduz significativamente o desgaste administrativo com cobranças, negociações e ações judiciais, liberando tempo e energia para outras demandas da gestão condominial. Além disso, a atuação das garantidoras promove maior justiça entre os moradores, evitando que aqueles que pagam em dia arquem indiretamente com os custos gerados pela inadimplência dos demais.
Ainda assim, é importante ter atenção ao contratar esse tipo de serviço. Avaliar o custo da garantidora frente ao benefício que ela oferece é essencial, pois cada condomínio tem características próprias. O serviço tem um custo que pode variar conforme o condomínio e o nível de inadimplência. Além disso, contratos precisam ser analisados com atenção, e a aprovação dos moradores é necessária em assembleia. Embora a garantidora auxilie no fluxo de caixa e na cobrança, o síndico mantém as responsabilidades administrativas e o relacionamento com os condôminos, o que torna importante avaliar se a solução é adequada à realidade e às necessidades específicas de cada condomínio.
