O Hospital Mater Dei Santa Clara, referência em atendimento materno-infantil em Uberlândia, celebra o Agosto Dourado – mês dedicado à promoção do aleitamento materno – ao reforçar o seu compromisso com a saúde de mães e bebês, oferecendo orientações e suporte especializado para gestantes e puérperas.
Cenário nacional da amamentação
Dados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), conduzido pelo Ministério da Saúde entre fevereiro de 2019 e março de 2020, indicam que:
53% das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas até o primeiro ano de vida;
45,7% das menores de seis meses recebem leite materno de forma exclusiva;
60% das crianças com menos de quatro meses são alimentadas somente com leite materno.
Desafios na prática do aleitamento
“A insegurança da gestante, as práticas sem evidência e a falta de rede de apoio figuram entre os principais obstáculos no início da jornada de amamentação”, alerta a Dra. Kátia Martins, obstetra do Hospital Mater Dei Santa Clara. Ela destaca também a cultura da fórmula como “solução completa”, que pode desmotivar mães a persistirem na amamentação. Segundo a especialista, cabe ao obstetra esclarecer e orientar, reduzindo a propagação de mitos, tanto para a mãe quanto para seus familiares”.
Equívocos mais comuns
No consultório, observa-se com frequência crenças equivocadas, como a ideia de que a ausência de histórico familiar de lactação comprometa a própria produção de leite, ou que cirurgias mamárias inviabilizem o aleitamento. “Outro mito é acreditar que o leite de fórmula sustenta mais o bebê; na verdade, sua digestão mais lenta gera falsa saciedade, enquanto o leite materno, de digestão fisiológica, atende melhor às necessidades do bebê”, explica Dra. Katia.
Preparação no pré-natal
O Hospital Mater Dei Santa Clara oferece, já no acompanhamento pré-natal, palestras e cursos voltados à educação sobre aleitamento materno, com foco em:
empoderamento da gestante com informações baseadas em evidência;
orientações sobre descanso, alimentação e hidratação;
estratégias para construção de rede de apoio familiar.
“Esse preparo antecipado fortalece a confiança da mulher e facilita o início do aleitamento logo após o parto”, afirma a obstetra.
Pilares para uma gestação segura e saudável
Segundo a Dra. Katia, a gestação baseada em evidência requer:
Consulta pré-gestacional para identificação e controle de fatores de risco (diabetes, hipertensão, obesidade etc.);
Atualização do calendário vacinal antes da concepção;
Suplementação de ácido fólico para prevenção de malformações do tubo neural;
Realização de, ao menos, oito consultas de pré-natal com equipe capacitada;
Adoção de hábitos saudáveis, como cessação do tabagismo e interrupção do consumo de álcool.
Atenção à saúde mental
“A atenção ao vínculo médico-paciente permite ao obstetra identificar sinais de exaustão emocional ou depressão no pré e pós-parto, como tristeza persistente, alterações de sono e apetite”, observa a médica. O suporte especializado pode, além de melhorar a saúde mental materna, fortalecer o vínculo materno-fetal e favorecer o sucesso do aleitamento.