Podcast conecta a cultura a questões contemporâneas, com vozes que transformam o presente e projetam futuros possíveis

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“Observatório da Cultura” estreia com convidados que constroem pensamento e prática nas áreas em que atuam, abordando temas como trabalho, meio ambiente, digitalização, economia e desenvolvimento humano a partir da cultura.

A cultura como eixo estratégico de desenvolvimento é o ponto de partida do Observatório da Cultura, primeiro podcast criado em Uberlândia-MG e dedicado à temática cultural. Com estreia marcada para esta quinta-feira,  dia 24 de julho, o programa terá episódios gratuitos no perfil da Balaio do Cerrado Produtora, no YouTube, no Spotify e no portal Paranaíba Mais.

O projeto reúne convidados de diversas áreas para refletir sobre como a cultura se relaciona com temas como economia, educação, inovação, sustentabilidade, políticas públicas e desenvolvimento humano.

A primeira temporada contará com 10 episódios, com duração entre 20 e 40 minutos.

Com abordagem interdisciplinar, o podcast busca mostrar como a cultura impacta o cotidiano e pode ser aliada na busca por soluções para desafios sociais e ambientais. “Nós acreditamos que cultura não é um setor isolado, mas um campo transversal, que se conecta ao meio ambiente, ao trabalho, à saúde, à política, à economia e às tecnologias”, afirma Rubem dos Reis, idealizador e produtor do projeto. “O podcast é um convite à escuta atenta, à reflexão e à construção de sentidos mais humanos para o nosso tempo”, complementa.

Estrutura e convidados
Cada episódio contará com um mediador e um convidado. Os participantes da primeira temporada vêm de diferentes regiões do país e atuam em áreas como economia criativa, políticas culturais, ciência, artes e ativismo social. “São pessoas que constroem pensamento e prática nas áreas em que atuam, e que contribuem com experiências concretas e visões críticas sobre cultura e seus cruzamentos com os grandes desafios contemporâneos”, informa Rubem dos Reis.

Entre os nomes já confirmados estão:

  • Lala Deheinzelin (São Paulo-SP) – foi considerada uma das três principais futuristas do mundo, é atriz, consultora internacional e referência em economia criativa e novos paradigmas de desenvolvimento.
  • Fábio Scarano (Rio de Janeiro – RJ) – curador do Museu do Amanhã foi por duas vezes vencedor do Prêmio Jabuti. Tem formação como engenheiro florestal, representou o Brasil em várias rodadas internacionais de negociação climática até o Acordo de Paris.
  • Jean Ferreira (Belém -PA) – fundador do Gueto Hub e do Sebo do Gueto, é um ativista sócio ambiental e um dos idealizadores da COP da Baixada, evento popular que ocorrerá paralelamente à COP oficial em Belém PA, reunindo a comunidades de vários locais do mundo em torno das pautas climáticas.
  • Bruno Barroso (São Paulo-SP) – empreendedor que impacta nas áreas social e cultural, fundador da plataforma Prosas e de outras soluções digitais voltadas à promoção de negócios e captação de recursos que são destinados à cultura, à inovação, à inclusão e ao bem-estar coletivo.
  • Bernardo da Mata Machado (Belo Horizonte-MG) – pesquisador, autor e especialista em políticas públicas para a cultura, já ocupou cargos estratégicos no Ministério da Cultura, na Secult -MG e na Fundação João Pinheiro, onde foi funcionário de carreira.
  • José Júnior (Belo Horizonte-BH) – diretor de economia criativa da Secult-MG, é também pesquisador e fundador do Observatório da Diversidade Cultural, uma das principais iniciativas de pesquisa e difusão sobre o tema no Brasil.
  • Maíra Ávila (Uberlândia-MG) – filósofa, atriz, cantora, arte educadora, gestora cultural, palestrante e mãe; é analista de projetos do Iamar –  Instituto Alair Martins.
  • Juscelino Martins (Uberlândia-MG) – CEO do Grupo Martins, uma das maiores empresas atacadistas do Brasil e referência em logística. Atua como apoiador de iniciativas culturais, educacionais e ambientais, com visão transversal e compromisso com o desenvolvimento sustentável.
  • Katia Lou e Katia Bizinotto (Uberlândia-MG) – atrizes e co-fundadoras do Grupontapé de Teatro, com trajetória na formação artística e na mobilização da cultura como ferramenta de desenvolvimento humano.

Quando a cultura mobiliza: participação cidadã na construção do podcast
O compromisso com uma visão mais ampla da cultura — como eixo estratégico para o desenvolvimento humano, social, ambiental e econômico — mobilizou dois jornalistas com trajetória na comunicação local a contribuírem com o Observatório da Cultura.

Paulo Eduardo Vieira participou da idealização e concepção original do projeto com a ideia de atuar nele de forma permanente. Gravou os primeiros episódios antes de ser convidado para assumir a Secretaria Municipal de Comunicação de Uberlândia. Mesmo após a nomeação, honrou o compromisso assumido, realizando as entrevistas restantes, mas optou que isto se desse de forma voluntária, sem remuneração. Paulo Vieira continuará a ter participações pontuais em momentos especiais do podcast.

Na sua sequência o projeto contará com a mediação de Rogério Silva, superintendente do Grupo Paranaíba. Os cinco próximos episódios que serão gravados com ele e que já estão em fase de pré-produção terão um recorte temático específico que será anunciado em breve.

Para Paulo Eduardo Vieira, o Observatório da Cultura promove um bate papo diferente, que encara a cultura de uma maneira muito mais contemporânea e conecta as pontas pro espectador do que antes era percebido muito por quem pensa o futuro ou atua em áreas estratégicas de empresas. “O projeto nos permite com nossos entrevistados conectar tecnologia com meio ambiente, formação com história, mercado de trabalho com comportamento,  porque são essas intersecções que produzem o que chamamos de cultura”, declara.

Para Rubem dos Reis, a participação dos jornalistas reforça a ideia de que a cultura é um tema estratégico e merece um olhar mais abrangente. “A participação deles reforça não só a generosidade dos dois em apoiar projetos para a cultura de forma efetiva, mas também a relevância do tema aliada  à proposta do podcast que não é apenas apresentar um conteúdo informativo. É um espaço para trocas de experiências e formulação de ideias que podem apontar caminhos e gerar impactos reais no desenvolvimento da cidade e da região”, destaca Rubem dos Reis.

Cultura como vetor de desenvolvimento
O projeto parte do entendimento de que a cultura é uma das grandes alavancas do desenvolvimento humano e econômico. Setores criativos e culturais movimentam cadeias produtivas, geram emprego, renda e estimulam a inovação.

Apesar do potencial da região, Uberlândia ainda carece de espaços estruturados para discutir essas questões de forma aprofundada — lacuna que o Observatório da Cultura pretende preencher.

“Queremos provocar reflexões e ampliar o repertório do público sobre como a cultura se relaciona com a economia, o meio ambiente, a política, a saúde e a vida em sociedade. É um convite para perceber que tudo está interligado”, conclui Rubem.

Realização
Observatório da Cultura é uma realização da Balaio do Cerrado Produtora, com patrocínio do Martins e do Instituto Unimed Uberlândia, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC), com apoio da Prefeitura de Uberlândia.