29 de junho – Dia Mundial da Conscientização da Esclerose Sistêmica

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Dor invisível, pele rígida e medo do desconhecido: desafios silenciosos de quem sofre com a doença autoimune

Imagine acordar todos os dias com a sensação de que sua própria pele está encolhendo, enrijecendo cada movimento. Os dedos ficam pálidos e doloridos ao menor contato com o frio. O simples ato de respirar pode se tornar difícil, como se algo comprimisse seus pulmões por dentro. Para quem vive com esclerose sistêmica, essa é a realidade — invisível aos olhos de muitos, mas profundamente impactante para quem enfrenta a doença.

Neste 29 de junho, o mundo volta os olhos para a Esclerose Sistêmica, uma doença autoimune rara e progressiva que afeta principalmente a pele e os vasos sanguíneos, podendo comprometer também órgãos internos como pulmões, rins, coração e trato gastrointestinal. A data tem como objetivo ampliar a conscientização sobre os sintomas, os desafios enfrentados pelos pacientes e a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico especializado.

De acordo com o reumatologista, Carmo Gonzaga de Freitas, referência no tratamento de doenças autoimunes, a esclerose sistêmica ainda é pouco conhecida pela população, o que dificulta o reconhecimento dos primeiros sinais. “Muitas vezes os sintomas iniciais são confundidos com outras doenças, o que atrasa o diagnóstico e compromete o prognóstico. A rigidez na pele, os dedos que mudam de cor com o frio e a dificuldade respiratória devem ser investigados com atenção”, alerta o médico.

A esclerose sistêmica atinge majoritariamente mulheres entre 30 e 50 anos e ainda não tem cura, mas os avanços no tratamento têm permitido controlar a progressão da doença e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. “Hoje conseguimos atuar de forma muito mais eficaz com medicações imunossupressoras, terapias biológicas e acompanhamento multidisciplinar. O suporte adequado faz toda a diferença”, destaca Dr. Carmo.

O especialista ainda ressalta que a informação é uma das maiores aliadas no enfrentamento da doença. “Conscientizar é também dar voz às pessoas que convivem com a esclerose sistêmica. Quanto mais se fala sobre o tema, maior a chance de promover diagnósticos precoces, combater o preconceito e garantir acesso ao tratamento”, afirma.

Sobre Dr. Carmo Gonzaga de Freitas

Com 50 anos de carreira e mais de 45 mil pacientes atendidos, Dr. Carmo atende de segunda a sexta no Hospital Santa Genoveva, em Uberlândia. Mais informações: (34) 3236-8344 / 3236-9164.