Especialista em reumatologia esclarece como as mudanças climáticas influenciam sintomas como dor, rigidez e inchaço, especialmente em pacientes com doenças reumáticas.
Com a chegada das temperaturas mais baixas, aumentam os relatos de dores articulares mais intensas. Mas será que o clima realmente interfere nos sintomas das doenças reumáticas? Para o médico reumatologista Dr. Carmo Gonzaga de Freitas, um dos pioneiros da especialidade no Triângulo Mineiro, a percepção dos pacientes é legítima e tem explicações médicas.
“O frio provoca a contração muscular e reduz a circulação periférica, o que pode aumentar a sensibilidade à dor nas articulações. Além disso, mudanças na pressão atmosférica também afetam o líquido sinovial, responsável pela lubrificação das articulações, provocando desconforto”, explica o especialista, que atua há mais de cinco décadas e já atendeu mais de 45 mil pacientes.
Segundo o médico, a inatividade comum durante os períodos frios é outro fator agravante. “As pessoas tendem a se movimentar menos, o que favorece a rigidez articular. Para pacientes com doenças como artrose, artrite reumatoide ou fibromialgia, isso pode significar dias com dor intensa e limitação funcional.”
Entre as recomendações para esse período, Dr. Carmo destaca a importância de manter uma rotina de exercícios leves, fazer alongamentos diários e utilizar roupas adequadas para evitar a exposição direta ao frio. “O uso de bolsas térmicas e a manutenção do tratamento medicamentoso também são aliados. Mas o mais importante é o acompanhamento médico contínuo, especialmente nos casos em que a dor persiste.”
Dr. Carmo atende de segunda a sexta-feira, no período da manhã, no Hospital Santa Genoveva, em Uberlândia, onde continua atuando ativamente na prevenção e tratamento das doenças reumáticas. Para ele, o diagnóstico precoce e o acesso à informação fazem toda a diferença. “Quanto mais cedo o paciente busca ajuda, maior a chance de controlar a dor e preservar a funcionalidade do corpo, mesmo com o avanço da idade ou diante de mudanças climáticas.”