Advogado da região ajuda empresários a recuperar até 20% do valor de veículos já quitados e transformar dívida passada em fôlego financeiro

0

Com o fim do primeiro trimestre, o que muitos empresários buscam é um pouco de fôlego financeiro. Após os tradicionais gastos com impostos e obrigações do início do ano, o segundo trimestre é o momento em que gestores de pequenas, médias e grandes empresas avaliam novas estratégias para reorganizar o caixa, retomar investimentos e planejar os próximos meses com mais estabilidade.

Uma alternativa vem ganhando força no meio jurídico e pode surpreender positivamente empresários do setor de transporte, logística e revenda de veículos: a recuperação de valores pagos a mais em contratos de financiamento de veículos que já foram quitados.

Segundo o advogado empresarial Arthur Rodrigues (que atua em Uberlândia e todo Brasil), especialista em reestruturação de empresas e revisão de contratos financeiros, muitas empresas podem estar deixando até 20% do valor originalmente financiado nas mãos dos bancos sem saber — valores que podem ser recuperados judicialmente de forma segura, sem comprometer contratos atuais ou a saúde jurídica da empresa.

“É comum que empresários acreditem que, após quitar um financiamento, o assunto está encerrado. Mas, na prática, boa parte desses contratos tem cobranças indevidas e juros excessivos, o que gera um valor considerável a ser reavido. Estamos falando de recursos que podem ser reinvestidos no próprio negócio sem necessidade de novo endividamento”, explica Arthur.

Um dinheiro que parecia perdido

O procedimento consiste em analisar financiamentos de veículos quitados nos últimos quatro anos, especialmente em operações envolvendo frotas, caminhões, ônibus, vans e até veículos leves.

“São contratos com cláusulas técnicas, muitas vezes complexas, onde se embutem tarifas, seguros e taxas aplicadas de forma abusiva”, explica o advogado. Ao identificar essas irregularidades, é possível abrir uma ação de repetição de indébito — ou seja, cobrar na Justiça aquilo que foi pago indevidamente com os devidos acréscimos legais.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), os custos com manutenção de veículos representam uma parcela significativa das despesas das empresas de transporte, e a renovação de frota é uma necessidade constante. Para se ter uma ideia, após o primeiro ano de compra do veículo, o valor de custo com manutenção pode chegar a 12,5% do seu valor a cada ano que passa. Com os juros ainda em patamares elevados, buscar crédito no mercado financeiro é cada vez mais oneroso. Assim, a recuperação de valores pagos a mais se torna uma alternativa estratégica.

“Trata-se de uma tendência silenciosa, mas em crescimento. Empresas estão começando a entender que esse tipo de ação pode representar uma virada de chave no fluxo de caixa. Em um momento de juros altos e margens apertadas, recuperar capital próprio é uma das formas mais inteligentes de ganhar fôlego sem depender de bancos”, complementa Arthur Rodrigues.

Medo dos bancos ainda trava o mercado

Apesar da oportunidade, o que mais impede empresários de irem atrás desse dinheiro é o desconhecimento e o receio de represálias das instituições financeiras.

“Muitas empresas têm medo de perder crédito ou de manchar seu nome perante os bancos, mas essa é uma visão ultrapassada. Quando conduzida por profissionais especializados, essa é uma ação legítima e segura, que não afeta a relação com o mercado, nem os contratos ativos”, afirma o advogado.

Além disso, decisões recentes da Justiça têm sido favoráveis a empresários que comprovam cobranças irregulares ou práticas abusivas. E como a ação é baseada em contratos já quitados, não há risco operacional ou bloqueio de bens.

Nova mentalidade para empresários estratégicos

Para Arthur, o movimento de recuperação de valores pagos indevidamente em financiamentos reflete uma nova postura do empreendedor brasileiro, mais atento ao que é seu por direito e mais estratégico na gestão de recursos.

“Esse tipo de crédito recuperado pode ser direcionado não só à modernização da frota, mas também à expansão de operações, formação de caixa de emergência, ou mesmo à quitação antecipada de outras dívidas mais onerosas”, reforça.

Empresas de transporte, logística, revenda automotiva, construção civil e mesmo indústrias que trabalham com veículos utilitários ou pesados são as que mais se beneficiam dessa medida — especialmente aquelas com atuação recorrente em financiamentos.

“O que está em jogo não é só dinheiro perdido. É a chance de corrigir injustiças financeiras passadas e transformar esse acerto em base para um crescimento sustentável daqui pra frente”, finaliza Arthur Rodrigues.

Sobre Arthur Rodrigues

Arthur Rodrigues é empreendedor e especialista em direito bancário. Ajuda empresas a simplificar a burocracia do dia-a-dia empresarial para que eles tenham mais energia e disposição para se concentrar na expansão do seu negócio. Em adição, é professor universitário, palestrante e consultor jurídico com ênfase em direito empresarial, direito do consumidor e do fornecedor, direito público e direito tributário e contabilidade.