Ludmylla Pimentel: a vida traçada pela música

0

Imagine uma criança, de apenas quatro anos de idade, acordar no meio da noite e, do nada, tocar o piano da mãe, sem a ajuda de nenhum adulto. Esse foi o pontapé inicial para que Ludmylla Pimentel se encantasse com a música. De lá pra cá, goianiense canceriana, tomou gosto pelo instrumento, impressionando a todos ao seu redor.

Além de pianista, Ludmylla descobriu um novo talento: o vocal. “Na infância, eu já cantava em um programa infantil, exibido pela Tv Globo (local – Goiás), o ‘Mundo das Crianças’. Depois, passei em 1º lugar no Conservatório de Música da Universidade Federal de Goiás, o pré-teórico. Mas, digo que, oficialmente, comecei quando ganhei o concurso de Miss Brasil Trans, em 1979”, relembra.

Outro momento marcante na trajetória profissional dela, se trata de um convite que recebeu para participar de ‘Quatro estações e um clima de amor estranho’, de Marcos Fayad, um renomado diretor teatral. “No elenco, estavam os atores Miltinho Morse e Tetê Caetano. E eu, embalava essa peça soltando a voz. A previsão era de, somente, um final de semana. No entanto, ficamos em cartaz por mais de dois meses”, diz.

Ludmylla Pimentel. A cantora explica que ‘Pimentel’ é uma homenagem ao ator Luiz Carlos Pimentel, que atuava no humor, no teatro e no cinema brasileiro. “Artisticamente, não poderia usar o meu sobrenome, porque venho de uma família bastante tradicional. Ai, quis homenegeá-lo.

Rogéria. “Ela sempre será a minha maior referência nos palcos. Um homem que se vestia de mulher e uma estrela de primeira grandeza. Nenhuma das mulheres que conheci, tinham essa mesma autonomia de palco. Imitá-la, jamais! A Rogéria me inspira!”, enfatiza.

Ludmylla e os palcos. “Todas as vezes que me apresento é muito impactante. Falo que nós precisamos aprender a fazer um trabalho de preparação antes de entrar em cena, a fim de sentirmos mais conforto. O palco tem magia! Qualquer problema, desaparece em um passe de mágica!”, conta.

Para finalizar, Ludmylla define família. “O mundo presencia, hoje, essas novas que surgem. Os casais LGBTQUIA+, por exemplo, adotam filhos. Para mim, é uma demonstração de amor muito importante! Aliás, qualquer forma de amar vale a pena! Isso sim, é válido!