Hospital Mater Dei Santa Clara esclarece mitos e alerta sobre Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

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Um em cada quatro homens com mais de 50 anos nunca ouviu falar em Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), segundo pesquisa Ipsos, encomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e pelo laboratório Apsen. A sondagem, envolvendo 500 homens com idade acima de 50 anos e classes sociais A, B e C, em capitais e regiões metropolitanas avaliou o nível de conhecimento sobre HPB e identificou percepções equivocadas, especialmente o medo de câncer e a crença de que levantar várias vezes à noite para urinar seria normal no envelhecimento. Apesar de acometer cerca de 50% da população masculina nessa faixa etária, a condição continua pouco conhecida e erroneamente associada a câncer de próstata.

O que é HPB?

HPB é o aumento não neoplásico (não tumoral) da próstata. O problema não causa câncer, mas pode provocar:

Jato fraco e esforço para iniciar a micção;

Sensação de bexiga cheia, mesmo após urinar;

Polaciúria noturna (levantar várias vezes para ir ao banheiro).

Embora o termo “benigna” transmita uma impressão de menor gravidade, ele não afasta a possibilidade de complicações, tais como retenção urinária, infecções recorrentes, cálculo vesical e, em estágios mais avançados, comprometimento da função renal.

Diagnóstico e diferenciação

O diagnóstico baseia-se em:

Sintomas miccionais relatados pelo paciente;

Toque retal, exame fundamental para avaliar tamanho e consistência da próstata;

Dosagem de PSA, enzima que, em níveis moderados, costuma apontar para HPB, mas, em valores elevados, levanta suspeita de câncer e pode levar à biópsia.

Segundo o Dr. Victor Hugo Borges Silva, cirurgião urológico da Rede Mater Dei, “todo homem a partir de 45 anos deve incluir avaliação prostática em seu check-up anual. HPB e câncer são condições distintas, mas exames regulares permitem diagnosticar as duas ao mesmo tempo”.

Tratamentos disponíveis

– Medicamentos: alfa-bloqueadores e inibidores de 5-alfa-redutase, que aliviam sintomas e reduzem gradualmente o volume glandular.

– Procedimentos minimamente invasivos:

Rezum (vapor de água): aplicado sem necessidade de internação, preserva a função ejaculatória;

GreenLight e HoLEP (lasers): indicados para próstatas de médio a grande porte, oferecem alta eficácia e rápida recuperação.

“O avanço tecnológico em urologia permite personalizar o tratamento. Cabe ao especialista indicar a terapia que melhor equilibra eficácia e qualidade de vida”, esclarece o Dr. Victor Hugo.

O Hospital Mater Dei Santa Clara reforça a importância do check-up prostático anual para homens a partir de 45 anos. Informar-se é o primeiro passo para evitar noites mal dormidas, exames de urgência e complicações desnecessárias.