O cálculo renal, popularmente conhecido como pedra nos rins, é uma condição que pode causar dores intensas e impactar significativamente a qualidade de vida. Estima-se que 15% da população possa ser acometida pelo cálculo renal, enquanto cerca de 1,5 milhão de brasileiros apresentam algum tipo de disfunção renal. Em períodos mais quentes, como o verão, a incidência tende a aumentar, devido à desidratação.
Segundo o urologista Dr. Rafael Fogaça, do Hospital Mater Dei Santa Clara, compreender os sintomas e buscar atendimento adequado são premissas essenciais para um diagnóstico correto e um tratamento eficaz. O médico explica que os sintomas mais comuns do cálculo renal incluem:
Dor em cólica aguda e intensa na região lombar ou no flanco, que pode irradiar para a parte inferior do abdômen ou para os genitais;
Hematúria (sangue na urina);
Náuseas e vômitos;
Sintomas urinários, como urgência miccional e desconforto ao urinar.
Diferenciando de outras condições
Algumas condições podem ser confundidas com o cálculo renal, mas Dr. Rafael destaca as principais diferenças:
Infecções urinárias: “Nesses casos, a dor tende a ser mais constante, localizada na parte inferior do abdômen (região suprapúbica) e frequentemente associada à dor ao urinar”.
Problemas músculo-esqueléticos: “A dor geralmente está localizada nos músculos ou articulações, sendo mais constante e ligada ao movimento”.
Diagnóstico e exames necessários
“Para detectar a presença de cálculos renais, exames como ultrassonografia e tomografia de abdômen são os mais indicados”, afirma Dr. Rafael. Além disso, exames de urina e sangue complementam a investigação, ajudando a determinar a gravidade da condição e a presença de possíveis complicações.
Sinais de alerta: quando procurar atendimento imediato
É fundamental buscar ajuda médica ao notar sinais que podem indicar complicações, como dor intensa e aguda, dificuldade para urinar ou ausência de urina, sangue na urina (hematúria), febre e calafrios e/ou vômitos persistentes. “Esses são sintomas que sugerem que o cálculo está migrando e possivelmente obstruindo o trato urinário, necessitando de avaliação urgente”, alerta o urologista.
Prevenção: hábitos que fazem a diferença
Embora não seja possível prevenir todos os casos de cálculo renal, algumas medidas ajudam a reduzir significativamente o risco. “Manter-se bem hidratado é essencial para diluir substâncias na urina que podem formar cálculos. Além disso, é importante diminuir o consumo de sal, equilibrar a ingestão de proteínas animais e incluir alimentos ricos em citratos, como o limão”. O sedentarismo também é um inimigo da saúde dos rins. “O movimento contribui para a saúde geral e ajuda a evitar a formação de cálculos”, informa Dr. Rafael, que reforça a importância de consultar um urologista regularmente para monitorar a saúde dos rins e prevenir complicações.
Reconhecer os sintomas do cálculo renal e buscar atendimento rápido são atitudes que podem evitar dores intensas e complicações graves. Com hábitos saudáveis e acompanhamento médico, é possível reduzir o risco de sua formação e garantir uma vida mais saudável. Como enfatiza Dr. Rafael: “A prevenção é sempre o melhor remédio”.