Golpes e fraudes no sistema de saúde suplementar somam prejuízos de mais de R$ 30 bilhões por ano

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Campanha da Unimed por todo o país visa mitigar consequências que estas práticas criminosas podem causar a beneficiários de planos de saúde

A Federação Nacional de Saúde Suplementar – FENASAÚDE – estima que, por ano, as operadoras gastem entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões (dados do IESS, de 2023, referente ao ano 2022) para cobrir custos de procedimentos médicos desnecessários, desvios e irregularidades em contas hospitalares. Esses valores prejudicam diretamente os beneficiários de planos de saúde e as operadoras, que são uma importante engrenagem para o funcionamento do sistema de saúde do país. Mitigar estes prejuízos é o objetivo da Unimed em todo o Brasil, ao lançar uma campanha de conscientização sobre prevenção a golpes e fraudes que afetam o setor de saúde suplementar. Diante do aumento expressivo de crimes cibernéticos nos últimos anos, as operadoras reforçam a importância de ações preventivas para proteger seus beneficiários contra ameaças como boletos falsos, fraudes no uso do PIX, sites fraudulentos e tentativas indevidas de reembolso. A hashtag da campanha é #UnimedContraFraudes.

A campanha inclui a distribuição de uma cartilha informativa, que detalha as principais fraudes enfrentadas pelos beneficiários e apresenta orientações sobre como evitar golpes comuns, como boletos falsos e ofertas enganosas de vagas de emprego. Além disso, a cartilha aborda cuidados essenciais com a proteção de dados pessoais, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), reforçando o compromisso da Unimed com a segurança de seus clientes.

O CEO da Unimed Uberlândia, Francisco Tavares, destacou a relevância dessa iniciativa para a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar “Temos observado um aumento na identificação de golpes e fraudes na saúde suplementar. Com isso, vemos um reflexo nos custos assistenciais e pela própria lógica mutualística na qual é organizado o sistema de saúde suplementar brasileiro, a falta de ação sobre essas fraudes prejudica o bom beneficiário, aquele que não frauda. Estes custos voltam em reajustes e vão tornando a saúde suplementar cada vez menos acessível, podendo chegar a ficar inviável. Culturalmente temos no nosso país um senso onde as pessoas pensam que se não foi elas que praticaram, não tem por que agir ou se indignar. Mas, isso não pode acontecer. Precisamos desenvolver nosso senso de civilidade e agir sobre isso. Por isso a Unimed Uberlândia e diversas operadoras têm trazido este tema relevante para a pauta. Não queremos que os justos paguem pelos pecadores. Não podemos ser tolerantes ou fazer vista grossa para um tema que pode prejudicar nossa sociedade. Temos que zelar pelos interesses coletivos, afirmou Francisco Tavares.

Diferença entre golpes e fraudes
Golpes e fraudes, embora relacionados, diferem em suas características. Golpes são esquemas usados por terceiros para enganar e obter algo de valor, como dinheiro ou dados pessoais, geralmente utilizando métodos diretos, como boletos falsos. No caso dos golpes, os criminosos se passam pela Unimed para prejudicar os beneficiários.
Fraudes, por outro lado, são atos intencionais e complexos que envolvem manipulação ou falsificação para obter benefícios ilegítimos. Nesses casos, prestadores de serviços ou até mesmo beneficiários criam situações ilícitas para obter vantagens sobre o plano de saúde, prejudicando diretamente a Unimed.

Como os golpes e fraudes acontecem?
Golpes:
1. Falsa central de atendimento: Criminosos fingem ser funcionários da Unimed por meio de chamadas telefônicas, SMS ou WhatsApp, visando roubar dados pessoais ou dinheiro.
2. Site falso: Criminosos criam sites ou perfis falsos usando a marca da Unimed para realizar vendas fraudulentas ou gerar boletos falsificados.
3. Vaga falsa: Anúncios de vagas de emprego falsas em nome da Unimed são usados para enganar candidatos.
4. Boleto falso: Criminosos alteram o código de barras de boletos Unimed para que o pagamento seja direcionado a uma conta de golpista.
5. PIX: Golpistas criam situações falsas e se passam pela Unimed para obter transferências via PIX, desaparecendo após a transação.

Fraudes:
1. Fracionamento de recibo: Emitir vários recibos para um único procedimento, inflacionando o valor de reembolso.
2. Falsos procedimentos: Realizar procedimentos não cobertos pelo plano e emitir recibos falsos ou inflacionar pedidos de reembolso.
3. Reembolso assistido: Terceiros oferecem “ajuda” em troca de dados pessoais para acessar e manipular informações do beneficiário.
4. Reembolso sem desembolso: Promessa de reembolso sem pagamento prévio, prática proibida pelo STJ, já que o reembolso só é válido após o pagamento antecipado.

Podemos citar ainda outros tipos de fraudes identificados, como: falsificação de documentos na contratação dos planos, falsificação ou omissão no preenchimento da declaração de saúde e informação divergente de procedimentos realizados no faturamento realizado por prestadores.

A cartilha de prevenção está disponível nos canais digitais da Unimed e pode ser baixada neste link: https://www.unimed.coop.br/site/golpes-e-fraudes. Esta cartilha foi desenvolvida para orientar tanto clientes quanto colaboradores sobre como identificar e evitar golpes, além de como proceder em caso de suspeita de fraudes.