Do vôlei aos saltos ornamentais, trabalhos de força ajudam atletas a unir desempenho e longevidade
Observado nos últimos anos, o aumento da prática da musculação no Brasil é frequentemente ligado à popularização do fisiculturismo e à maior valorização da estética fitness pela população em geral. Quando falamos de esportes de alto rendimento, como aqueles que compõem o cronograma olímpico, porém, o espaço ganho pelos exercícios de força está conectado à relação direta que eles possuem com questões como a melhora do desempenho e a prevenção de lesões.
Pense, por exemplo, em uma modalidade praticada nos últimos Jogos de Paris. Independentemente de qual tenha vindo à sua cabeça, é muito provável que seus atletas tenham uma rotina intensa e constante de treinos de musculação. Não por acaso, empresas do mundo fitness como a Smart Fit, tem buscado atletas emblemáticos da história olímpica brasileira como Lucão, do vôlei, e Ingrid de Oliveira, dos saltos ornamentais, para serem seus embaixadores.
Representante do Brasil em quatro Olimpíadas, o primeiro afirma que, durante uma temporada de competições, a musculação é a principal atividade de um atleta de vôlei, superando os trabalhos técnicos e táticos. Indo mais além, ele acrescenta que o entendimento desta questão mudou a sua vida esportiva como um todo.
“Quando você mantém um trabalho de força intenso, a chance de você ter lesões devido a um acúmulo de jogos é muito grande. E, cada vez mais, foi se entendendo que variações e tipos diferentes de trabalhos ajudam bastante nessa prevenção e na melhora do rendimento em áreas focais de cada atleta”, o jogador de 38 anos, antes de atribuir a maior inserção da musculação nos esportes como elemento-chave para o aumento da longevidade dos atletas.
“Não só no voleibol, mas em todas as modalidades, a musculação tem permitido que os atletas possam manter-se em alto nível por mais tempo. Hoje temos atletas de 38, 39 e 40 anos de idade rendendo muito, algo que não era possível antes desse entendimento sobre a importância dos trabalhos de força”.
Na mesma linha do colega olímpico, Ingrid afirma que a evolução dos treinos de força ao longo dos anos desempenhou papel central na sua capacidade de adiar um processo declínio técnico e físico que, segundo ela, é muito comum em saltadoras de 28 anos de idade como ela.
“Ao longo dos anos, esses trabalhos foram sendo adaptados. Além da musculação tradicional, há exercícios de peso livre, atividades funcionais. Tenho visto, então, uma importante diversificação”, acrescentou a atleta participante de três Olimpíadas.
Adaptabilidade da musculação permite que elaseja aplicada de maneira universal no mundo do esporte
De acordo com o treinador da Smart Fit Bruno Silva, não apenas a ampla variação de exercícios existentes, mas também a versatilidade de intensidade com que estes podem ser aplicados, é a explicação para que a musculação seja igualmente importante para atletas de modalidades que enfatizam valências físicas muito diferentes entre elas.
Como exemplo deste aspecto, o profissional destaca que um atleta de uma modalidade como o vôlei terá seus exercícios voltados à melhora da força e da potência, enquanto que um maratonista fará trabalhos mais intimamente ligados à proteção das articulações.
“Essas questões específicas também influenciam na frequência de treinos. Por exemplo, quando a modalidade é altamente dependente da força, o atleta pode treinar de 4 a 5 vezes por semana. Já quando ela é dependente, uma frequência de 2 a 3 vezes por semana é suficiente para obter os efeitos positivos do treinamento”, acrescentou Silva.
Quer entender melhor como se diferenciam os trabalhos voltados a atletas para os quais a força é mais importante em relação àqueles cuja resistência é a prioridade? Confira no vídeo e abaixo os exemplos do treinador Bruno Silva:
POTÊNCIA | |||||
TREINO | EXERCÍCIO | SÉRIE | REPETIÇÕES | INTENSIDADE | INTERVALO |
A | Agachamento com salto | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
A | Cadeira abdutora | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
A | Stiff | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
A | Elevação pélvica máquina | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
A | Levantamento Terra | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
A | Afundo búlgaro | 4 | 6 — 8 | 25 – 50% (1RM) | 90″ |
ENDURANCE | |||||
TREINO | EXERCÍCIO | SÉRIE | REPETIÇÕES | INTENSIDADE | INTERVALO |
A | Agachamento com halteres | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | Cadeira abdutora | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | cadeira flexora | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | Elevação pélvica máquina | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | Levantamento Terra | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | Afundo búlgaro | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
A | Gêmeos em pé | 3 | 15 — 20 | 50 – 60% (1RM) | 60″ |
Sobre o Grupo Smart Fit
O Grupo Smart Fit detém as marcas de academias Smart Fit, Bio Ritmo, Nation CT e O2, as marcas de academias studios Race Bootcamp, Vidya Studio, Tonus Gym, One Pilates e Jab House, além dos produtos digitais Total Pass e Queima Diária. A rede é líder do mercado de academias na América Latina e a quarta maior do mundo em número de clientes. Em junho de 2024, o número de clientes ativos chegou a mais de 4,9 milhões e a companhia possui hoje mais de 1.500 unidades. No Brasil, a Smart Fit está presente em mais de 170 cidades, em todos os 26 estados e Distrito Federal. Fora do Brasil, atua em aproximadamente 140 cidades e 15 países. Conheça mais sobre a Smart Fit no site oficial.