Metodologia inovadora estimula o envolvimento dos estudantes em desafios e tarefas com o intuito de elaborar um produto ou projeto que aponte uma solução para um problema específico.
Como envolver os estudantes para que o processo ensino-aprendizado seja consistente e perene? Essa é uma dúvida constante na cabeça de pais e professores que lidam com o dia a dia da educação de crianças e jovens em suas diversas fases. Dar aos alunos a oportunidade de desenvolver conhecimentos a partir de projetos ou desafios que exijam habilidades úteis na vida real, à primeira vista, pode parecer complicado, mas é mais simples e prático do que parece. No entanto, há um ponto de atenção: é necessário muito planejamento e preparação.
A aprendizagem baseada em projetos, também conhecida pela sigla PBL (em inglês, Project-Based Instruction), é uma metodologia ativa, na qual o aluno passa a ser protagonista na construção do próprio conhecimento. Neste modelo, quando o estudante faz um questionamento em sala, o professor pode usar aquela dúvida para trabalhar um conteúdo já previsto no currículo, mas direcionar a metodologia a partir da curiosidade do estudante, que demonstrou interesse em aprender uma coisa específica. É uma aprendizagem significativa, que passa a ter propósito para o aluno.
“Ao invés de promover a repetição de informações, a aprendizagem baseada em projetos proporciona ao aluno a possibilidade dele se engajar mais ativamente nos conteúdos apresentados. O estudante passa a ser integrante do processo, fica mais curioso e foca sua energia na resolução do problema”, comenta Denise De Felice, diretora da ONE School, escola bilíngue de educação infantil e ensino fundamental da Casa Thomas Jefferson.
Mas, na prática, como isso acontece?
Apesar de centrado em uma matéria, o projeto costuma ser interdisciplinar. A organização de um projeto exige que o professor tenha em mente o objetivo do projeto, o que precisa ser entregue no final, e quais os conteúdos a serem trabalhados pela turma. Os professores estão sempre monitorando o desenvolvimento do projeto e orientando os alunos na busca pelas respostas. “O ideal é que o projeto seja uma questão próxima à realidade do aluno, palpável. Nesse processo, os estudantes trabalham em grupo de forma colaborativa e coletiva”, destaca Denise
E os benefícios, quais são?
Os principais benefícios desta proposta estão ligados ao crescimento e amadurecimento do aluno de forma que ele faça escolhas, crie e investigue. Aprendizagem a longo prazo, quando as crianças e os jovens estão interessados no que estão fazendo, é outro destaque alcançado com a utilização da metodologia por projetos. Há ainda o desenvolvimento de competências socioemocionais, habilidades relacionadas à inteligência emocional, como autogestão, abertura ao novo e engajamento com os outros. “Todos esses fatores influenciam de forma positiva para a formação de um aluno mais preparado, pronto a enfrentar os desafios e oportunidades na escola e na vida”, finaliza Denise.
