Leilão internacional “Região do Cerrado Mineiro” movimenta mais de US$ 49 mil

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Saca de café mais valorizada alcançou mais de US$ 13 mil

O primeiro leilão internacional “Região do Cerrado Mineiro” (RCM), promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, atingiu um montante total de US$ 49.055,34 (aproximadamente R$ 242.823,00). Destaque para a saca de café mais valorizada, arrematada por US$ 13.362,30 (cerca de R$ 66.160,00), que conquistou o 1º lugar na categoria Fermentação Induzida, produzida por Deyvid Oliveira da Fazenda Esperança. A importadora canadense Orange Brown adquiriu o café e também arrematou o maior número de lotes.

O evento ocorreu de 29 de janeiro a 2 de fevereiro, através da plataforma virtual M-Cultivo, comercializando 11 lotes. Essa iniciativa complementou o Leilão Café Solidário realizado em novembro, durante o 11º Prêmio da RCM, em Uberlândia, Minas Gerais. Os produtores da RCM que tiveram seus lotes leiloados foram Flávio Márcio Ferreira da Silva, Sérgio Ricardo Queiroz Barbosa, Mauro César Naimeg, Jander de Oliveira Pacheco, José Ricardo de Carvalho, José Augusto Guimarães, Elen Lorencini Moraes, Evanete Peres Domingues e Deyvid Oliveira Leandro. No total, foram disponibilizadas 29 sacas de café distribuídas nas categorias Café Natural (17 sacas de 60 kg), Café Cereja Descascado (9 sacas de 60 kg) e Café Fermentação Induzida (3 sacas de 60 kg). Os compradores foram Orange Brown, Casa Brasil, Moim Coffee, Roaylty Specialty Coffee, Lucca Cafés Especiais e Blums Café.

“É um sentimento de realização incrível saber que o meu café foi o mais bem vendido neste leilão, alcançando um valor tão elevado. É gratificante perceber que o café brasileiro, especialmente o da Região do Cerrado Mineiro, está sendo valorizado no exterior. Este feito representa uma quebra de tabu, desmistificando a ideia de que o Brasil não produz café de qualidade. Além disso, destaco o reconhecimento do comprador Orange Brown e torrefadores que investiram generosamente neste café, demonstrando que a qualidade do café brasileiro está sendo apreciada e recompensada no cenário internacional”, ressalta o produtor Deyvid Oliveira Leandro, que teve o lote mais valorizado do evento.

De acordo com Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, o  resultado excepcional obtido com o leilão reforça a qualidade e o prestígio dos produtos oferecidos pelos produtores associados à Região do Cerrado Mineiro. “O primeiro leilão internacional da Região do Cerrado Mineiro obteve excelentes resultados em sua primeira edição. A soma total das vendas dos lotes alcançou quase 50 mil dólares. Tivemos compradores dos mercados americano, canadense, europeu e brasileiro. Este projeto de leilão internacional está alinhado com nossa estratégia de internacionalização da marca e Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, conquistando novos espaços e compradores do mercado externo. Agora, eles continuarão promovendo esses cafés da nossa região”, avalia Juliano Tarabal.

Segundo Carolina Franco de Souza, diretora de Qualidade e Green Buyer do Lucca Cafés Especiais, eles participam do Prêmio desde a primeira edição. “Esse ano adquirimos parte de dois lotes da categoria Natural, o segundo e terceiro lugares. A plataforma online atinge compradores internacionais, mas também dá espaço para torrefações nacionais, sendo uma ferramenta de comercialização justa e descomplicada, que gera oportunidade real destes cafés maravilhosos serem apreciados por consumidores em todo o mundo. É uma inovação”, destaca.