Temporada de clima quente coloca doenças de pele em evidência

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O calor chegou. A temporada de altas temperaturas é um chamariz para hábitos que caem no gosto de milhões de brasileiros: ir à praia ou à piscina, abusar de roupas mais leves e curtas e pegar um bronzeado está entre eles. Mas a exposição ao sol nem sempre vem acompanhada dos cuidados necessários para se evitar as doenças de pele.

A prevenção ainda parece ser preocupação para poucas pessoas. Baseado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, entre 2013 e 2022, foram diagnosticados 278.748 casos de câncer de pele. Doença essa que se relaciona a exposição solar sem proteção.

O melasma, que também se relaciona a exposição solar e assombra muitas pessoas, principalmente mulheres, estima-se que acometa 15% a 35% das brasileiras adultas. “É evidente que a exposição solar desprotegida nao é o único fator determinante para o surgimento de doenças como câncer de pele, melasma, queimaduras. Mas é um importante fator de risco, principalmente nesta época do ano”, afirma a dermatologista do Hospital Felício Rocho, Dra. Mariana Menezes.

Isso, segundo ela, é o suficiente para alertar para a importância da prevenção e da fotoproteção na temporada de calor no Brasil, entre os meses de novembro e março. “É um período em que as pessoas se cobrem menos, se expõem mais ao sol para atingir uma pele bronzeada, mas não se atentam aos riscos. Devido a esses hábitos, há um aumento dos problemas de pele relacionados a exposição solar irresponsável”, explica a profissional.

Uma consequência das altas temperaturas é o aumento da transpiração e consequentemente, se não houver os cuidados adequados a pele pode ficar mais úmida nas flexuras e favorecer as infecções por fungos e agravar a oleosidade em indivíduos de pele oleosa.

Ela recomenda que se intensifique o uso do protetor solar e que se evite o sol sem proteção, principalmente entre 10h às 16h, que oferece mais riscos pela maior incidência de raios uvB.

Evitar expor a pele sem a devida proteção é o caminho mais eficaz para contornar os riscos dos problemas causados pelo sol. E, claro, não esquecer de se hidratar através do consumo de água e outros líquidos e do uso de cremes hidratantes.”, pontua a dermatologista.