Tratamento multidisciplinar atenua os efeitos colaterais da doença na vida sexual do paciente
O câncer de próstata é um dos mais frequentes entre os homens. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 65 mil novos casos são registrados anualmente no Brasil. Desses pacientes, em torno de 5% a 20% poderão apresentar uma baixa da expressão da sexualidade e da função erétil em virtude da doença.
É o que afirma o urologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Felipe Delgado. Segundo o especialista, o diagnóstico de câncer de próstata pode gerar impacto emocional/psicológico muito grande e isso traz algumas implicações para o paciente.
“A vida sexual depende de dois grandes pilares: o orgânico e o emocional. O primeiro está relacionado aos requisitos necessários para se ter uma função erétil boa, uma ejaculação normal, além do desejo. Para isso, é preciso estar com a função hormonal normal, incluindo o controle de diabetes e pressão alta, pois são doenças que organicamente causam uma injúria nos vasos em torno do pênis e podem ocasionar uma disfunção erétil”, explica.
Já em relação ao pilar emocional, o especialista alerta que fatores como ansiedade e estresse influenciam na baixa da função sexual. “Nesses casos, o homem fica mais propenso a apresentar quadros de disfunção erétil, ejaculação precoce etc. Muitas vezes, isso está relacionado a essa parte psicogênica O tratamento começa com uma conversa com o paciente, se necessário uma conversa com a esposa e um envolvimento multidisciplinar, com uma psicoterapia em parceria com a atenção do urologista, que potencializará o tratamento da parte orgânica”, afirma.
Impactos do tratamento
Uma vez que o paciente recebe o diagnóstico de câncer de próstata, deve ser avaliado por diversos critérios pelo urologista para saber qual o melhor tipo de tratamento. Em alguns casos, conforme supracitado, pode haver impactos sobre a rotina sexual e a fertilidade.
Nesse sentido, o urologista da Hapvida NotreDame Intermédica explica que o tratamento do câncer de próstata é muito amplo. “Existe desde a vigilância ativa até tratamentos mais agressivos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia”, explica.
“A boa notícia é que, mesmo após o diagnóstico e o tratamento da doença, conseguimos trazer uma melhora na qualidade da vida sexual. Por isso, procure o seu médico urologista. Ter acesso ao diagnóstico precoce, realizar um tratamento multidisciplinar, acompanhado por médicos e psicoterapeutas, são passos importantes para manter uma boa qualidade de vida sexual”, complementa Felipe Delgado.