Outubro Rosa: mamografia é o principal exame para detecção precoce do câncer de mama e deve ser feita mesmo sem sintomas

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Pesquisa identificou que 40% das pacientes com câncer de mama não apresentavam nenhum sinal no momento do diagnóstico, reforçando a importância da realização do rastreamento da doença

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres e uma das principais causas de morte pela doença no mundo, e apesar disso, muitas não fazem os exames preventivos regularmente. A principal maneira para encontrar o câncer de mama no início, quando ele é mais fácil de tratar, é através da realização da mamografia. Porém, grande parte das mulheres ainda não faz esse exame como deveriam.

Uma pesquisa que visou entender os principais obstáculos nos cuidados em relação ao câncer de mama, feito pela Veja Saúde em parceria com a empresa Roche, mostrou que 40% das pacientes com câncer de mama não apresentavam sintomas quando foram diagnosticadas com a neoplasia, algo que reforça a necessidade de fazer exames regularmente para detectar a doença em estágios iniciais.

Entretanto, apesar dos inúmeros indícios da importância da realização da mamografia, dados mostram o quanto a adesão ao exame ainda representa um desafio na luta contra o câncer de mama. De acordo com o levantamento do Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde (SUS), que avaliou procedimentos de detecção e tratamento da doença no Brasil de 2015 a 2021, foi registrado apenas 17% de alcance na cobertura mamográfica entre mulheres de 50 a 69 anos.  Este número registrado é muito inferior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que esse índice seja de ao menos 70% de cobertura.

Segundo o mastologista e cirurgião oncológico da Oncoclínicas em Uberlândia, Dr. Juliano Cunha, há várias razões para isso. “Algumas mulheres têm dificuldade para acessar exames, outras não têm consciência da importância da mamografia. Muitas acreditam que, se não sentem nada, não precisam fazer o exame, mas essa crença está errada”, explica o médico.

Muitas mulheres ainda acreditam que apenas com a realização do autoexame (quando a mulher verifica seus seios em busca de caroços) já será possível identificar qualquer indício de um tumor. Porém, o mastologista também reforça que apesar que este procedimento possa ajudar a detectar muitos casos de câncer, ele não é suficiente. “Muitos cânceres não podem ser sentidos, mas a mamografia pode detectá-los bem no começo. Por isso, é crucial que as mulheres façam esse exame regularmente, mesmo que se sintam bem”, destaca o mastologista.

Quando realizar a mamografia?
A mamografia é o principal recurso para auxiliar na detecção precoce do câncer de mama em mulheres assintomáticas, e o diagnóstico do tumor em estágios iniciais trará vantagens para o tratamento da doença, como a redução da mortalidade pelo câncer e a diminuição de traumas físicos que podem ser ocasionados em tratamentos mais agressivos. Há mesmo estudos que atestam que fazer o exame regularmente é benéfico para a saúde da mulher.

Para aquelas que estão acima dos 40 anos, a realização da mamografia visando a detecção precoce da doença é capaz de reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama, de acordo com uma pesquisa publicada no periódico especializado Radiology. Diante disso, entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam que a mamografia seja realizada anualmente para as mulheres acima dos 40 anos de idade. Entretanto, em casos que a mulher já tenha um histórico de tumores de mama na família, esse rastreamento deve iniciar ainda mais cedo, inclusive aliando com outros exames.

Como prevenir o câncer de mama? 
Muitos ainda se confundem e consideram que a realização da mamografia será uma medida preventiva para o câncer de mama, porém é preciso ressaltar que o exame é uma estratégia para o rastreamento, permitindo o diagnóstico precoce da doença. As formas de prevenção do tumor são cuidados relacionados ao estilo de vida, como:

  • Praticar atividades físicas;
  • Manter uma alimentação saudável e manter o peso corporal adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Não fumar.

Além destes bons hábitos, a amamentação também é um fator que reduz as chances de desenvolvimento do câncer de mama, como explica o Dr. Juliano Cunha. “A prática de um estilo de vida saudável traz inúmeros benefícios para a saúde e chega a diminuir em 30% as possibilidades de ter o câncer de mama. E ainda, temos a amamentação que é um fator de proteção em relação à doença, pois a cada ano que a mulher amamenta, ela tem menos 4% de chances de desenvolver o tumor na mama”, finaliza o especialista.

 Sobre o Grupo Oncoclínicas
A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 135 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos no acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 500 mil procedimentos no último ano (2022). É parceira exclusiva na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

Para obter mais informações, visite http://www.grupooncoclinicas.com.