Nina Simone e Elza Soares dão o tom do ‘21° Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz’

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Referência na cena musical nacional e apresentado pela Gerdau, o ‘Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz’, considerado um dos maiores festivais de jazz do país e eleito entre os 10 melhores do mundo pela prestigiada revista norte-americana Down Beat, chega à vigésima primeira edição homenageando Nina Simone e Elza Soares. “O festival irá homenagear as mulheres pretas da música e da arte em cada cidade por onde passar – Belo Horizonte, Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas, Itabirito e Moeda. Essa homenagem acontecerá em tributos musicais e na exposição”, comenta o diretor geral e curador do evento, Rud Carvalho.

Este ano, a direção artística do Tudo é Jazz está por conta do artista e estilista Ronaldo Fraga, que assina a identidade visual do festival, as cenografias da exposição e dos palcos de todas as cidades. “Duas representantes máximas do jazz mundial, mulheres pretas, sobreviventes da desigualdade, duas desbravadoras, dois vulcões, duas esfinges que construíram trajetórias únicas no grito, na voz, na poesia, na música: Elza Soares e Nina Simone se conectam em muitos aspectos”, diz Fraga. Negras, mulheres, pobres, ativistas. “Ambas falavam pela voz e pelos olhos, a boca cantando o que os olhos enxergavam. Não há símbolo maior do jazz, essa música de resistência, do que Nina e Elza”, completa.

Durante três dias, a cidade de Ouro Preto, coração do Festival, será tomada por shows em variados palcos, cortejos e fanfarras pelas ruas, exposição na Casa de Gonzaga e lançamento de livro. Toda programação é gratuita. “É uma edição para celebrarmos a força e o brilho do feminino, de recriar a mágica e o clima dos antigos clubes de jazz”, diz Ronaldo Fraga. Os shows se passam durante o dia e à meia-noite os bares são tomados pelo jazz contemporâneo. “Nossa ideia é deixar a cidade em plena efervescência, como se a música não tivesse fim”, completa Ronaldo Fraga.