“Música na Árvore – Solar” exalta o som das periferias de BH e promove o encontro de ritmos brasileiros

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Foto: Pedro Bichuete

A próxima etapa do projeto gratuito “Música na Árvore – Solar” levará um vasto repertório brasileiro – do pop, baião, bossa nova, afro samba ao hip hop – para as regionais e periferias da capital mineira, nos dias 05 e 12 de agosto e 16 de setembro. A programação fomentará o intercâmbio musical e cultural ao som da Charanga Pop, Will Motta Trio, No Stress, Som Brasil Original, DJ Dinely, Direito de Sambar, DJ Edd e Eduardo DW.

“O objetivo desta edição é dar palco a artistas locais que desenvolvem trabalhos autorais ou pesquisas de estilos musicais não comerciais, e envolver toda a comunidade dos bairros Concórdia, Caiçara, Jardim Guanabara e Padre Eustáquio”, descreve o diretor artístico do coletivo cultural, João Vianna.

O “Música na Árvore – Solar” nasceu com viés sustentável e social, pautas prioritárias em todas as suas apresentações. Toda a matriz energética do evento é fotovoltaica, obtida por meio de uma van equipada com placas solares e um sistema avançado de armazenamento. A idealização do projeto, utilizando transição energética, contou com a consultoria técnica da Universidade de Brasília (UNB), por meio de contrato com a empresa Júnior Matriz Engenharia de Energia. A iniciativa já circulou pela Inglaterra, Portugal, Suíça e contou com edições em Brasília, Belo Horizonte, Itaúna, Teixeiras, Viçosa, dentre outras. Em 2022 foi premiado pelo IMEC (Instituto Mineiro de Engenharia e Tecnologia.

Temos orgulho em ser um dos pioneiros no país a associar cultura à sustentabilidade e pretendemos ser referência em ESG (da sigla em inglês, Environmental, Social, Governance, e na tradução livre para o português, Meio Ambiente, Social e Governança). Na prática, o ESG compreende uma série de critérios para avaliar o impacto e o desempenho das empresas em cada um dos três pilares que a compõem”, destaca André Trindade, idealizador e gestor de sustentabilidade do projeto. Haverá ainda recolhimento de lixo eletrônico inservível – metarreciclagem – em parceria com a MG Recicla.

Já entre as ações de desenvolvimento socioeconômico, além de dar voz aos talentos das periferias, haverá arrecadação de alimentos que serão doados para organizações sociais. O programa também montará uma estrutura com comidinhas, bebidas e artesanato dos comerciantes locais. A inciativa será feita em parceria com os centros culturais de cada regional e as associações dos bairros.

Também serão realizadas oficinas gratuitas de canto, dança, violão e capacitação de agentes culturais, entre setembro e outubro, nos centros culturais das regiões. Os detalhes serão divulgados em breve. Queremos estimular a regionalização da produção cultural e artística, por meio da valorização de recursos humanos e conteúdos locais, da sustentabilidade e da acessibilidade”, adianta o coordenador geral, Robson Assis.

Esta edição do “Música na Árvore – Solar” será executada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com patrocínio da Blip e realização da Muzak Promoções e Eventos