Já consolidado como um dos eventos mais expressivos da música independente nacional, o Festival Timbre chega ao seu décimo primeiro ano, mostrando a força da descentralização da produção musical no Brasil e mantendo sua tradição de abordar questões fundamentais, como, equidade de gênero, acessibilidade, sustentabilidade, diversidade, amor e respeito.
Com a proposta de promover não somente a música e a cultura, mas também o sentimento de empatia, neste ano o Timbre convida o público a se unir para reverberar em coro o conceito “Se reconhecer no outro”, numa proposta para que as pessoas possam olhar para dentro de si e das pessoas a sua volta, entendendo as perspectivas que diferem cada ser humano, assim como as semelhanças que aproximam.
Cada atração do evento, que acontece na segunda quinzena do mês de setembro, foi pensada de maneira que promova interação e propulsione mudanças no cenário cultural e social. Entre os principais destaques já anunciados pelos organizadores do festival para a edição estão Criolo, Maria Gadú, Urias, Armandinho e BaianaSystem.
Criolo
Criolo, cujo talento e impacto social são amplamente reconhecidos, é conhecido por sua habilidade única de mesclar ritmos e letras engajadas. Ele trará ao público do Festival Timbre 2023 uma seleção de canções de sua carreira, com sua energia contagiante e mensagens profundas.
Dono de faixas como “Não Existe Amor em SP” e “Grajauex”, o rapper do Grajaú deve apresentar sucessos de sua trajetória e do último álbum, “Sobre Viver”, que o leva de volta às suas origens depois de um disco dedicado ao samba, em 2017.
O artista foi peça fundamental no Timbre em 2016, quando subiu ao palco da edição que marcaria a assiduidade do festival, até então realizado a cada 2 anos – pós Criolo, o público pediu (e ganhou) um Timbre anual.
Maria Gadú
Cantora, compositora, instrumentista, produtora e ativista brasileira, Maria Gadú iniciou a carreira musical aos 7 anos. Foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino, vencendo na categoria: Melhor Álbum de Música Popular Brasileira em 2010, com o “MariaGadú”, e Melhor Álbum de Música Popular Brasileira em 2011, com “Mais Uma Página”.
No Festival Timbre 2023, Gadú deve cantar sucessos como “Shimbalaiê”, “Bela Flor”, “Quando Fui Chuva”, “Dona Cila” e “Tudo Diferente”, além de canções do último lançamento, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, que celebra o marco dos seus 20 anos de carreira. No setlist também aparecerão hits de outros artistas, como “Quase sem Querer”, de Legião Urbana, “Amor de Índio”, de Beto Guedes, e “Ne Me Quittes Pas”, de Jacques Brel.
Urias
Nascida e criada em Uberlândia (MG), a cantora e compositora Urias, de 26 anos, iniciou sua carreira nas passarelas dos eventos de moda, participando da SPFW e Casa de Criadores, além de estampar capas de revistas como “Glamour Brasil”, “Bazaar” e “Quem”.
Em 2019, após alguns covers lançados organicamente na internet, fechou uma parceria com o produtor musical Rodrigo Gorky, nome por trás de sucessos de Pabllo Vittar, Anitta, Iza e Luisa Sonza. Da união nasceu seu primeiro single, “Diaba”, que acumula mais de 14 milhões de views no YouTube. Desde então, lançou parcerias com nomes como Pabllo Vittar, Gaby Amarantos, Ney Matogrosso e Tássia Reis.
Dona dos trabalhos “Fúria” e “Her Mind”, a artista segue cumprindo intensa agenda, dando ao público não só um show mas uma verdadeira experiência. Para o Timbre, abrir portas para artistas locais é não só um compromisso como uma alegria – especialmente quando o festival vê tais artistas alçando voos a nível nacional e internacional.
Armandinho
Selecionando repertório para a gravação de seu novo DVD, o cantor e compositor gaúcho Armandinho está na estrada com seu show. Chamado de poeta por seus fãs, sua música reflete influências do pop, reggae, rock, surf rock e pitadas de romantismo.
Em seu show, é acompanhado pela banda formada por João Coiote (voz e violão), Gordo Lopes (percussão), Lúcio Dorfman (teclados), Pedro Porto (baixo), Vini Bondan (bateria), Luciano Granja (guitarra) e Renato Batista (trompete).
No festival, o artista deve cantar os maiores sucessos de sua carreira como “Folha de Bananeira”, “Rosa Norte”, “Ursinho de Dormir”, “Reggae das Tramanda”, “Sentimento”, “Analua”, Sol Loiro”, “Outra Vida” e “Outra Noite Que Se Vai”.
BaianaSystem
A dificuldade em definir o estilo da banda é um dos principais atrativos da BaianaSystem. “Insanos”, “sensacionais”, “loucos” ou “maravilhosos” são apenas alguns dos comentários dos milhares de seguidores do grupo, que o acompanham fielmente em shows pelo país. Há até quem afirme que são “a melhor banda do Brasil”. Repetindo o estrondo que fez no Timbre em 2018, a banda retorna à casa com novo show e num momento de reconhecimento crescente e indiscutível.
O processo constante de metamorfose, onde a troca com o público e a transformação dos materiais já existentes são os combustíveis para gerar as novas criações, uma marca do grupo. Foi exatamente desse processo que surgiu o Sambaqui Show, novo espetáculo que o BaianaSystem traz ao Festival Timbre 2023. O espetáculo é a transformação do “Sulamericano”, que já teve sua versão “Brasiliana” e agora traz ainda mais elementos da construção de nossa história. Seu ponto de partida foi a importância da comemoração dos 200 anos da Independência da Bahia, celebrada em 2 de julho de 2023, reafirmando a certeza de que a ancestralidade é a conexão direta com o futurismo.
Sambaquis são vestígios dos povos originários que viveram no litoral brasileiro. São pirâmides de ossos, conchas, urnas funerárias e outros objetos que atestam a presença das populações mais antigas da nossa terra. Também podemos entender sua presença nos tempos atuais por sua importância na formação das cidades, principalmente as banhadas pelo mar. O show se aproxima dos sambaquis como uma busca pelas nossas raízes, numa base sólida e ao mesmo tempo, mutante. Nessa composição de camadas estão presentes elementos de samba, reggae, rock e beats eletrônicos, aliados a fios condutores que podem ser melódicos, poéticos ou imagéticos, que se remontam para contar de uma outra forma a mesma história.
O Sambaqui Show traz para o palco as presenças de Russo Passapusso (voz), Claudia Manzo (voz), Roberto Barreto (guitarra baiana), SekoBass (baixo), João Meirelles (beats, synths e programações), Junix 11 (guitarra), maestro Ubiratan Marques (piano e synths), Ícaro Sá (percussão) e Filipe Cartaxo (concepção visual e imagens do show).
Sobre o Festival Timbre
O Festival Timbre, uma produção do Timbre Cultural em parceria com a Eventaria Produções, é o principal evento de música independente do Triângulo Mineiro e um importante fomentador da cultura nacional. Com mais de 150 shows na bagagem, o festival tem como propósito estimular a diversidade em sua mais ampla forma.
Pelos palcos já passaram artistas de todas as regiões do país, com destaque para nomes como Elza Soares, Duda Beat, Baco Exu do Blues, Anavitória, Zeca Baleiro, Marcelo D2, Pitty, Tiago Iorc, Marina Sena, Emicida, Rael, Nação Zumbi, Karol Conká e Maneva, além de diversos artistas em início de carreira que tiveram no Timbre a oportunidade de se apresentar para grandes públicos.
O Timbre é um festival plural, com várias ações sociais, ambientais e programações gratuitas. O festival desde 2018 vem cumprindo o compromisso de ter pelo menos 50% da line-up composto por artistas mulheres, além de prezar por um line-up recheado por artistas mineiros e presença obrigatória de artistas negros e LGBTQIA+.
Em 2023, a proposta do festival é falar sobre empatia. “Se reconhecer no outro é mais do que se colocar no lugar de alguém. É identificar conexões e usar essa compreensão para construir relações mais empáticas e significativas, aumentando também o conhecimento sobre si próprio”, explicam os organizadores do evento sobre o tema escolhido para o ano.
Ingressos
Os ingressos para o Festival Timbre 2023 já estão disponíveis no site do evento www.ingressolive.com.br/