O recesso escolar é um momento de descanso e de brincadeiras para as crianças, mas também pode ser de relaxamento para os pais. Em vez de submetê-las a horas e mais horas em celulares, tablets e computadores, vale a pena unir-se a elas, ainda que por pouco tempo, e promover brincadeiras lúdicas e pra lá de divertidas. E não é necessário mais do que uma boa dose de imaginação para isso.
Cris Barakat, dona da Tryboo, casa de eventos infanto-juvenis, autora do livro infantil Ideia de Jerico e mãe de três filhas, garante que apenas criatividade é o suficiente para deixar as crianças menos ociosas. “O adulto é mais insaciável do que as crianças quando se trata de lazer. Alimentamos uma expectativa maior do que nossas possibilidades permitem, e acabamos criando um bloqueio para nosso bem-estar através de coisas mais simples”, explica.
Com as crianças, por outro lado, qualquer evento que fuja da rotina é vista com bons olhos. Por exemplo, sair para tomar um sorvete ou passear na pracinha perto de casa. “São momentos que trazem uma realização que cabe no bolso, e que dá à criança a chance de desfrutar de novas experiências. O que elas querem é sair da ociosidade e da falta de tempo dos pais”, afirma a empresária.
Ainda assim, orienta, é possível também transformar a própria casa num local de descontração. Brincadeiras como caça ao tesouro, olimpíadas em família e acampamento na sala, com direito a sessão de cinema, pipoca e suco, são ideias que podem transformar o dia dos pequenos. “Esses momentos tendem a ficar bastante marcados na vida delas, como costuma ficar marcado nas nossas lembranças. Dedicar uma tarde a criar pequenos eventos é capaz de tornar as férias delas inesquecíveis”, afirma Cris Barakat.
Outras dicas de diversão de modo simples são dar uma volta de carro pela cidade para ver o pôr-do-sol de algum lugar mais alto, visitar algum museu, ler livros e transformá-los em mini peças teatrais são outras propostas que também podem caber nesse orçamento que fortalece o elo entre pais e filhos.
“Não é necessário que a diversão seja algo inacessível, até porque não dispomos do mesmo tempo que elas. Mas se não dá pra ir a um hotel-fazenda ou a um sítio, ao menos dá para entretê-las com uma volta em alguma praça da cidade ou um passeio ao shopping. Uma ida a esses lugares será suficiente pra concluir que essa carência não é só deles, mas de muitas outras famílias”, conclui a proprietária da Tryboo.