Golpes contra idosos aumentam em mais de 70% em 2023, mostra levantamento do Governo Federal

0

Os golpes contra pessoas com mais de 60 anos cresceram 70% se comparado ao mesmo período de 2022, segundo dados do Governo Federal através de denúncias pelo Disque 100, canal de denúncias oficial vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos. Neste ano, cerca de 15,2 mil denúncias foram registradas, enquanto houveram 8,8 mil registros no ano passado.

Número impulsionado principalmente pelos golpistas que telefonam para a vítima fingindo serem de bancos e até mesmo do INSS. Os mais velhos, por terem menos habilidades com a tecnologia, se tornam os alvos mais fáceis. Outro número do Sindicato Nacional dos Aposentados mostra que 853 vítimas procuraram ajuda por terem sofrido violações financeiras ou materiais.

“Muitos idosos são mais sozinhos, não vivem com família próxima e é muito comum se sentirem envergonhados por caírem em golpes. O ideal é que em qualquer situação de desconfiança de que foi vítima, essas pessoas procurem associações, órgãos de defesa em prol dos idosos, ou até mesmo agentes financeiros de confiança como, em agências da Caixa Econômica Federal, para receber o mínimo de orientações possíveis.” Orienta Tallisson Souza, advogado especialista em Direito Bancário.

Principais Golpes aplicados

Falso empréstimo consignado: uma pessoa mal intencionada rouba dados do idoso, por exemplo, pedindo para enviar fotos do cartão ou de algum documento, com esses dados, fecha-se facilmente empréstimos no nome desta pessoa, principalmente, os consignados concedidos em casas de crédito, possível de fazer até mesmo pela internet.

A falsa central de atendimento: um golpista liga, oferecendo produtos ou serviços bancários e age como se realmente fosse do banco. O idoso é convencido a ceder dados pessoais. Um golpe comum é sobre vantagens do INSS, onde a pessoa faz um falso cadastro, facilitando o golpe.

Atualização de cadastro: se alguém ligar, pedindo para confirmar o cadastro, pedindo informações como número de documentos, número de cartão e afins, o ideal é não fornecer, pode ir até uma agência bancária ou do INSS e assim fazer pessoalmente.

Como se proteger?

Segundo o advogado Tallisson Souza, o melhor é que o próprio idoso ligue para as centrais de atendimento e confira os produtos, serviços e atualizações se são verídicas. “Ligar para o número que está atrás dos cartões, da central de atendimento do banco, ir atrás de familiares, pessoas de confiança para auxiliar e nunca clicar em links ou baixar imagens que enviarem através de Whatsapp e outros aplicativos, podem ser medidas imediatas para que o idoso e as pessoas envolta não tomem um grande prejuízo com esses criminosos”, destaca.

“Hoje, pode haver muitas pessoas que pagam empréstimos que nunca fizeram, por falta de informação, como a prevenção básica contra esses golpes, além disso, por não saber procurar profissionais sérios, como nas instituições financeiras e advogados no direito bancário para ter respaldo e punir estes golpistas”, complementa Tallisson.