Autismo: aprender segundo idioma é possível?

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Estabelecido pela ONU em 2007, abril é o mês da Conscientização sobre o Autismo. A data busca disseminar informações para a população sobre o autismo a fim de minimizar a discriminação que cercam as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA). As pessoas diagnosticadas com o TEA apresentam déficit na comunicação e interação social e na reciprocidade socioemocional. No entanto, em cada indivíduo é manifestado de formas e intensidades diferentes.

Diante dos inúmeros desafios e dúvidas que cercam o TEA, principalmente em relação ao aprendizado, será que é possível também aprender um segundo idioma? Para a psicóloga escolar  da Casa Thomas Jefferson, Patrícia Villa, não só é possível quanto necessário, já que quanto mais estímulos a criança receber melhor para o seu desenvolvimento, mesmo que  em um ritmo diferente ou que não atinja o mesmo nível de aprendizagem.

 “Primeiro, é bom lembrar que as crianças autistas têm o direito de receber, como todas as outras, uma educação universal mesmo diante de distintas formas cognitivas. Depois, é que todo ser humano tem a capacidade de continuar fazendo conexões entre os neurônios. Então, de uma forma geral, quanto mais estímulos, mais sinapses e, consequentemente, a aprendizagem não só será possível, como também necessária para a evolução”.

Por isso, a  Casa Thomas Jefferson, que é reconhecida pela excelência de seus serviços, conta com a psicologia escolar a fim de permitir que qualquer pessoa, independentemente de suas limitações, seja capaz de aprender. De acordo com Patrícia, no caso das crianças autistas o olhar deve ser diferenciado, principalmente quando ainda não  tem um laudo dos pais com o diagnóstico.

“Quando temos o laudo, há um norte e como devemos trabalhar os estímulos para que a criança aprenda. Em outras situações, temos uma equipe capacitada para observar e identificar um aluno que está com dificuldades. Após a abordagem, principalmente familiar, treinamos o professor, acompanhamos  e mostramos o trabalho diferencial que ele precisa fazer com esse aluno”, esclarece Patrícia.

Ainda de acordo com a psicóloga, o ensino da segunda língua é um fator positivo. “As pesquisas na área apontam para o interesse de crianças no espectro de aprender uma segunda língua, o que é comprovado na procura das famílias dessas crianças pelos nossos cursos. Além disso, no momento da aprendizagem, há uma melhora da parte cognitiva da criança e um aprimoramento da capacidade de adaptação a situações distintas, emitindo respostas específicas para cada caso”.