Muitos contratados pelo Programa Jovem Aprendiz são efetivados
A falta de experiência é a principal dificuldade dos jovens para se inserirem no mercado de trabalho. É comum que as empresas tenham essa exigência, até mesmo para cargos mais simples e que não demandam tanto conhecimento técnico. Uma forma de contornar essa situação é sendo Jovem Aprendiz.
Atualmente, o desemprego formal no país chega a 14 milhões de pessoas. Mas esse índice é ainda maior entre os mais jovens. Os dados são da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia. Para se mensurar, na faixa etária de 14 a 17 anos, 46% estão em busca de trabalho. E, de 18 a 24 anos, o desemprego afeta 31% das pessoas.
Contra o fluxo
O operador de supermercado, Pedro Henrique Arantes de Sousa, 18 anos, está fora destas estatísticas. Aos 17 anos entrou como Jovem Aprendiz na loja de Jataí e, antes de acabar o contratado, foi efetivado.
“Ser aprendiz foi uma grande oportunidade. Os empregadores sempre pedem experiência, que era algo que eu não tinha. Vejo isso também acontecer com os meus amigos”, revela. Ele ainda confessa que foi uma grande oportunidade de ter uma carteira assinada e ainda o permitiu ter sua primeira fonte de renda. “Aprendi a gerir o meu dinheiro e a ter relações profissionais. O valor da bolsa não é muito, mas também não é pouco, que me ensinou a ter um melhor controle dos meus gastos,” revela o profissional. Hoje ele é independente financeiro da família e até mora sozinho.
Já em Formosa, Ronaldo Ribeiro da Costa Júnior, de 19 anos, também conseguiu o primeiro emprego de carteira assinada após ser Jovem Aprendiz, contratado via Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), por aproximadamente dois anos. Ele foi efetivado como assistente de inventário da loja de Formosa no ano passado. “Após acabar meu contrato como aprendiz, fiquei quase um ano fora, aguardando a minha carteira de reservista. Mas surgiu a oportunidade e, devido a minha boa passagem aqui, fui convidado a participar”, explica.
Ronaldo complementa que o período como Jovem Aprendiz foi fundamental para adquirir experiência e mais responsabilidades e, assim, conseguir uma vaga de trabalho com a carteira assinada. “Desde os 14 anos trabalho informalmente, mas quando consegui ser fichado, agarrei a oportunidade e não pensei duas vezes”, afirma.
Legislação
Atualmente, a rede Bretas conta apenas no Estado de Goiás com 82 jovens contratados. Todos os acordos são coordenados pelo Cesam- GO ou pelo Senac. As últimas vagas em aberto, mas já com estudantes contratados, foram na loja de Catalão. As oportunidades surgem a qualquer momento, conforme a finalização dos contratos ativos.
Para participar do Jovem Aprendiz, a pessoa tem que obrigatoriamente estudar em escola regular. Com uma renda média de meio salário mínimo, o Jovem Aprendiz tem a carga horária semanal de 20 horas, dividida tanto para a formação teórica quanto à pratica na empresa.
Além de aprender a atuar em determinadas funções, o jovem tem a sua primeira fonte de renda, passando a administrar um orçamento pessoal e começando a entender a relação entre trabalho e educação financeira. Os estudantes e demais interessados em trabalhar no Bretas podem cadastrar currículo no www.vagas.com.br/cencosudbrasil