O início de sua carreira foi quase brincadeira de criança. “Como sempre começa na escola. E um dia uma professora de português, sabendo da minha vontade/vocação pra fazer teatro, me falou sobre a Nicionelly Carvalho.
A Nicinha é a mãezona de teatro de todo mundo. Todos passaram pelas mãos dela”. Pioli entrou nas aulas por um acaso e acabou se tornando parte do grupo. Em um dos ensaios realizados na Urca, o pequeno Paulo assistia a tudo quando teve uma surpresa. “Exatamente naquele dia eu tive a felicidade de faltar um ator que estava na peça”.
Assim, ele foi convidado por Nicionelly para ler o texto. “Eu mal tinha pisado em um palco, mas não deu outra. O rapaz não voltou mais e eu fiquei”. Esse primeiro contato foi em 1983 e depois disso a relação de Paulo com o grupo foi intensa, ele chegou a ser diretor do grupo por um longo tempo.
Os conselhos e direção de Nicionelly Carvalho foram de extrema importância para o crescimento de Paulo como artista. Depois de ser ensinado por ela, ele foi em busca de novos caminhos, mas nunca perdeu o contato com a tutora. “Um dia eu disse a ela ‘se eu der certo a culpa é sua, se der errado, a culpa é minha”. Até agora a culpa tem sido dela”, sorri o ator.
Em sua trajetória fora de Poços, Paulo encontrou inspiração em artistas consagrados, como Mazzaropi, e em atores da atualidade, como Pedro Bismark, o Nerso da Capitinga.. Eu quis fazer uma união entre esses dois personagens, daí saiu esse caipira”.
A homenagem aos dois ídolos se reflete no jeito de andar e de ser do personagem que deu destaque à Pioli na Praça é Nossa (programa humorístico do SBT), com o jargão “êta fuminho bão”. Percurso que dia 14 de outubro completa 18 anos na Praça É Nossa. “É difícil entrar e mais difícil permanecer. São doze anos correndo”.
O início da carreira em São Paulo foi conturbado. Pioli teve que se virar para bancar as passagens de ida e vinda para a capital. Ele entrou no SBT através da ajuda do amigo Giovani Braz , o Caixeiro do Riso, que em 2003 levou Pioli para acompanhar as gravações da Praça.
Depois disso Pioli foi conseguindo ganhar espaço em pequenas participações, até que quando estava quase desistindo do sonho, Carlos Alberto confirmou que no ano seguinte ele ganharia um quadro e cachê fixos. A partir daí Paulo pode deixar a vida paralela de comerciante em Poços e se dedicar inteiramente à arte.
Com a ida do Santos pra record, eles trouxeram o Cleiton Silva, que é o que fazia o quadro da caixinha de fósforo “to de olho no senhor”. É o que foi meu parceiro durante muitos anos até ele falecer agora em janeiro.
Mas eu passei por outro quadros, eu fiz o homem de Itu, o “Ainda bem que nóis é pobre”, fiz o gaúcho, descruza as pernas Maribé. e uma série de outros quadros. Na época que se podia fazer algo em relação a política, eu fiz o político Delubio Soares na televisão. E aí foi.
Show humorístico com 1 hora de duração.
Um show muito engraçado, sadio e sem apelações assim é definido o trabalho desta dupla que está encantando o Brasil.
Com causos, histórias e uma sequencia de piadas, faz com a plateia dê muitas gargalhadas durante o show.
Humoristas: Paulo Pioli (Êta fuminho Bão) e Miguelzinho.
Paulo Pioli que há muito tempo conta seus causos no Programa “A Praça è Nossa” no SBT, no quadro “Eta Fuminho Bão”, com os bordões “Mecê Pita”?”Pitá ele não Pita, mas é bom de prosa que só ele”, Descruza as pernas Maribé, contracena com Honório, personagem vivido por Miguelzinho, onde o público define como “um casamento perfeito” o encontro destes dois humoristas.
Apresentado em diversos eventos, hotéis, teatros, enfim por onde tem passado esta dupla é alvo de grandes comentários positivos e muito aplaudidos.