Moradores de casas também prezam por locais para que os animais de estimação possam ficar à vontade. Condomínio horizontal em Goiânia instalou espaços para essa interação
O levantamento Radar Pet 2020, realizado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), aponta que mais de 37 milhões de domicílios no Brasil contam com algum pet, na esmagadora maioria cães ou gatos – são mais de 54 milhões de cachorros e quase 30 milhões de gatos. Ou seja, em território brasileiro, existem aproximadamente de 84 milhões de animais de companhia. O Brasil só perde para os Estados Unidos, que conta com mais de 135 milhões de pets.
Os goianienses também adoram um bichinho de quatro patas. Nos residenciais verticais de Goiânia o pet place se tornou a vedete. E engana-se quem pensa que os moradores de casa se contentam apenas com sua residência para o convívio com o pet, principalmente quando se trata de cachorros. Os tutores sempre querem levá-los para passear, correr, brincar e gastar a energia que esses animais têm de sobra, além de tirá-los da monotonia. Foi pensando nisso que o Residencial Aldeia do Vale instalou recentemente no condomínio duas opções para os cães, uma pista de agility e o espaço pet.
A ideia partiu de uma moradora do local, Célia Maisa Ferreira Felipe, que conheceu o agility – uma modalidade esportiva em que os animais correm numa pista com obstáculos – e quis levar a opção para dentro do condomínio horizontal, tendo apoio dos outros condôminos, que aprovaram o projeto. “O agility é uma atividade que o tutor faz com o seu cãozinho, feita em dupla, na qual o tutor vai conduzir o seu cãozinho para que ele passe pelos equipamentos”, explica ela, que foi presidente da Comissão de Fauna da Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva).
Na pista de cerca de 400 m² estão disponíveis equipamentos como túnel, muro, slalom, salto simples, rampa, passarela e pneu. Célia Maisa destaca ainda o maior convívio que é proporcionado ao animal com o agility. “Esse espaço é muito importante para a interação de tutor e cão. No momento que você está participando dessa atividade lúdica, você está dando comandos para o seu cão”, salienta ela, que possui uma border collie chamada Allegria, de três anos, e que iniciou no agility quando tinha um ano e meio.
Livres
O outro local que foi instalado no Aldeia do Vale é o Espaço Pet, no qual os animais podem ficar livres para correr. “É um local bem mais tranquilo, onde pode haver mais socialização, tanto dos condôminos quanto dos animais”, conta a moradora. Ela explica que existem três áreas no espaço. A primeira é a recepção, onde é possível pegar água para dar ao cachorro e na qual o tutor tira seu cão da guia para então se destinar a uma das outras duas áreas, uma destinada para cães de pequeno porte e outra para aqueles de médio e grande porte.
Ambos os locais podem ser utilizados das 6h às 22h, contam com iluminação e são cercados, para a segurança dos pets. Saquinhos de lixo estão disponíveis para que os tutores possam recolher as fezes dos animais, bem como lixeiras. Para não ter nenhuma dúvida, banners com algumas regras estão fixados nos espaços. “Nós fizemos algumas regras justamente para fazer com que esse local fosse um local de novas amizades e de interações positivas”, salienta Célia Maisa.
“Aqui pensamos muito na parte da segurança e na parte recreativa dos cães, que eles pudessem estar num lugar participando de uma atividade lúdica e ao mesmo tempo instrutiva, então acredito que tem cumprido o seu papel. Os moradores estão vindo e têm gostado, pois é um espaço muito interessante, lúdico e de socialização. Avalio que ter um pet facilita o relacionamento entre as pessoas”, analisa Célia Maisa, que é condômina há 17 anos no Aldeia do Vale, residencial já reconhecido por prezar pelo meio ambiente, bom convívio com os animais e que possui 1.500.000 m² de área verde comum e 18 lagos.