Especialista alerta para a importância do diagnóstico precoce da leucemia e da doação de medula óssea

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A leucemia está entre os dez tipos de câncer mais frequentes no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em Minas Gerais, os dados do DATASUS apontam mais de 600 novos casos diagnosticados em 2024, e a estimativa para 2025 coloca o estado como o segundo com maior número de ocorrências, com mais de 900 registros previstos. Para reforçar a conscientização sobre a doença e estimular a doação de medula óssea, alerta de especialista ganha destaque.

A leucemia é um câncer do sangue que ocorre quando há uma produção descontrolada de glóbulos brancos doentes na medula óssea, prejudicando a formação de células essenciais para o funcionamento do organismo, como plaquetas e glóbulos vermelhos. Há dois tipos principais da doença: leucemias mieloides e linfoides, que podem ser classificadas como agudas ou crônicas.

Os sintomas mais comuns da leucemia aguda incluem fraqueza, sangramentos, manchas roxas pelo corpo, dor nos ossos, febre sem causa aparente e aumento dos gânglios linfáticos. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso do tratamento. “A detecção precoce da leucemia possibilita um tratamento mais eficaz e amplia as chances de cura. Exames como hemograma, mielograma e imunofenotipagem são fundamentais para confirmar o diagnóstico e direcionar a melhor abordagem terapêutica”, explica a médica hematologista cooperada da Unimed Uberlândia, Dra. Thais Camargos.

O tratamento da leucemia pode envolver quimioterapia e imunoterapia, além do transplante de medula óssea em casos de alto risco ou quando a doença não responde às terapias iniciais. Para que mais pacientes tenham acesso ao transplante, o cadastramento de doadores de medula óssea é fundamental. “A doação de medula óssea pode salvar vidas, e o cadastro como doador é um processo simples, que pode fazer toda a diferença para quem precisa. Quanto mais pessoas se cadastrarem, maiores serão as chances de encontrar um doador compatível”, destaca Dra. Thais Camargos.

O procedimento para se tornar um doador voluntário é simples: basta procurar um hemocentro e fazer um cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Pessoas entre 18 e 35 anos, em boas condições de saúde, podem se inscrever, permanecendo no banco de dados até os 60 anos. A doação só acontece se houver compatibilidade com um paciente que necessite do transplante – um processo desafiador, já que a chance de encontrar um doador não aparentado compatível é de 1 em 100 mil. Este alerta reforça a necessidade de ampliar o número de doadores voluntários e incentivar a população a manter os exames em dia. Em caso de dúvidas, é fundamental buscar orientação médica.