Em 30 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), uma data de extrema importância para os pacientes e familiares, dedicada a divulgar e reconhecer os desafios enfrentados por quem convive com essa doença neurológica, autoimune e potencialmente incapacitante. A Esclerose Múltipla afeta, em maior proporção, mulheres entre 20 e 40 anos de idade, apresentando-se de forma diversa em cada pessoa, com uma gama variada de sintomas, que podem regredir, causar danos permanentes ou se manifestar de maneira cíclica.
Segundo o neurologista Lauro Figueira Pinto, do Mater Dei Santa Genoveva, os sinais mais comuns, nos estágios iniciais, são alterações agudas na visão, sensibilidade, força e/ou coordenação, que podem se desenvolver rapidamente e melhorar ao longo de semanas. Devido à natureza sintomática desses indicadores, é comum que alguns diagnósticos sejam equivocados e atribuídos a questões oftalmológicas, estresse ou problemas nos nervos periféricos.
O diagnóstico da esclerose múltipla é complexo e, geralmente, requer a avaliação de um neurologista experiente. Não há um único exame isolado que possa confirmar a presença da doença. Em vez disso, o diagnóstico é baseado em uma combinação de história clínica, exame neurológico e exames subsidiários. Entre os principais exames utilizados para auxiliar na confirmação estão a ressonância magnética craniana e das colunas cervical e dorsal, que podem evidenciar lesões típicas, e o exame do líquor, que pode revelar a presença de anticorpos produzidos próximos ao cérebro.
Por outro lado, o tratamento da Esclerose Múltipla tem avançado significativamente nos últimos anos, com uma variedade de medicamentos disponíveis para controle da doença. Muitos desses medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através das secretarias estaduais de Saúde. O tratamento adequado, quando iniciado precocemente, pode reduzir a atividade da doença e prevenir a evolução com sequelas em grande parte dos pacientes, proporcionando uma melhor qualidade de vida, mesmo diante do desafio de conviver com uma doença crônica.
O Dr. Lauro alerta que a Esclerose Múltipla é uma doença considerada rara e, por isto, não vemos grandes agrupamentos com graves fatores de risco. Acredita-se que a esclerose múltipla é causada por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética, infecções virais, viver em climas mais frios, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade. “Reforço que, apesar das preocupações, NÃO há evidência de aumento de risco de Esclerose Múltipla com as vacinas usadas regularmente”, complementa o médico.
A Esclerose Múltipla continua sendo uma condição sem cura, mas, com os avanços na medicina e a conscientização crescente, as perspectivas para os pacientes têm melhorado significativamente. O suporte médico especializado, o tratamento adequado e a adesão contínua aos cuidados médicos são fundamentais para enfrentar a doença de maneira mais positiva e controlada.
Nesse contexto, a rede Mater Dei Santa Genoveva tem se destacado por seu serviço de atendimento exemplar a pacientes. Com uma equipe médica altamente qualificada e tecnologias avançadas, a instituição tem se empenhado em oferecer o melhor suporte possível, garantindo diagnóstico preciso e tratamento adequado para cada perfil de pessoa afetada pela doença.
O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla é, portanto, uma oportunidade para disseminar informações sobre essa condição e sensibilizar a sociedade para os desafios enfrentados pelos pacientes e seus familiares. Ao aumentar a visibilidade da doença, espera-se promover a empatia, a compreensão e o suporte necessários para que as pessoas com esclerose múltipla possam viver suas vidas com qualidade e dignidade, superando as adversidades impostas por essa condição neurológica.