Movimento tem como objetivo conscientizar as pessoas para o diagnóstico precoce e tratamento da doença
Neste mês, mais uma cor ganha destaque. O movimento Fevereiro Laranja foi criado com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. Atualmente, essa doença ocupa a nona posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, para cada ano do triênio 2020-2022, serão diagnosticados, no Brasil, mais de 10 mil casos novos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.
Segundo o diretor nacional de oncologia do Sistema Hapvida, o oncologista Alexandre Gomes, a leucemia é um tipo de câncer que causa o crescimento acelerado e anormal nas células do sangue, responsáveis pela defesa do organismo, os leucócitos. “O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura e, com isso, as pessoas devem ficar atentas aos sintomas como anemia, cansaço e fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem de plaquetas, infecção, febre, hematomas e sangramentos espontâneos”, alerta.
O médico explica que o diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, como o hemograma, mas deve incluir ainda exames de bioquímica, de coagulação, além de mielograma, imunofenotipagem e cariótipo, que são os exames de medula óssea.
O tratamento da leucemia, de acordo com o especialista, é sempre a quimioterapia. “Hoje ela é cada vez mais direcionada para os subtipos de leucemias. A radioterapia, quimioterapia intratecal ou transplante de medula óssea são outros possíveis passos nesse tratamento. Além disso, a transfusão de sangue e uso de antibióticos são necessários durante esse tratamento específico”, acrescenta Alexandre Gomes.
Quanto aos fatores de risco, o oncologista salienta que a maioria dos adultos e crianças com leucemia não tem fatores de risco conhecidos, dessa forma, não há como evitar o desenvolvimento da doença.